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domingo, 14 de março de 2010

MATURIDADE HUMANA E IDONEIDADE VOCACIONAL

MATURIDADE HUMANA E IDONEIDADE VOCACIONAL
Ao falar de idoneidade compreende-se a relação ou referência com um estado de vida ou com um determinado empenho que exige certas qualidades ou habilidades. Para saber se uma pessoa é idônea para a vida religiosa ou sacerdotal, é necessário estabelecer quais são as exigências desse estado de vida.
1. Conceito de maturidade psico-afetiva

O termo “maturidade psicológica” inclui vários aspectos, para cada um dos mesmos pode-se especificar um tipo característico de maturidade.
Na psicologia, o aspecto central é aquele da maturidade psico-afetiva. De fato,quando se fala de maturidade humana apresentam-se as conotações da maturidade psico-afetiva. Assim, os critérios elencados por diversos autores para descrever a maturidade humana, estão em estreita relação com a maturidade afetiva. Mas sempre é preciso considerar que é uma questão de grau de uma constante entre total imaturidade e total maturidade. Por certas características pode-se falar em maturidade ou imaturidade, como diferença qualitativa. Giordani (1979), apresenta como exemplo, Allport, o qual propõe seis critérios para delinear a maturidade humana:

1. Extensão do senso do Eu: desprendimento progressivo do imediatismo do corpo e do egocentrismo;
2. Relação cordial com os outros: profundidade e variedade de relações humanas;
3. Segurança emocional: auto-aceitação e tolerância à frustração;
4. Percepção realista, habilidade e empenho: visão realista do mundo exterior e capacidade de encontrar uma satisfação suficiente ao nível do real, sem evasão para o mundo imaginário.
5. Auto-objetivação, compreensão de si e senso de humor: visão realista e objetiva de si mesmo e aceitação emocional da própria realidade;
6. Concepção unificadora da vida: integração da afetividade no ideal de vida.
Pode-se dizer que na pessoa humana, as forças afetivas encontram-se integradas entre elas e com a razão de modo que esta possa utilizá-las tornando-as “racionais”. A fusão harmônica entre a razão e a afetividade produz na pessoa um elevado grau de maturidade, libera a sensualidade e a agressividade da escravidão do bem aparente, orientando-as para o bem global da pessoa e para a criatividade.
O ser humano maduro goza de uma notável liberdade interior e torna-se capaz de amor propriamente “humano”, que assume e integra a nível espiritual o amor biológico (o carnal) e o psíquico (o erótico). Poder-se-ia definir a maturidade afetiva como “a plenitude da afetividade inteligente e a sua integração com a afetividade sensível”. Isso implica um ‘ter nas mãos’ os afetos, a inteligência e a vontade, a serviço de uma causa nobre, altruísta, de nível espiritual.
Deve-se notar que a plena maturidade psico-afetiva permanece um horizonte ao qual os indivíduos tentam aproximar-se sem atingi-lo plenamente. Pode-se dizer que a maturidade afetiva não consiste em eliminar todos os resíduos afetivos infantis (o que é praticamente impossível), mas é preciso tomar consciência do nosso grau de infantilismo, no aceitá-lo emocionalmente e integrá-lo no contexto mais amplo da personalidade.

2. Características da pessoa madura
É inútil traduzir o conceito de maturidade psíquica apresentando uma descrição fenomenológica do comportamento típico da pessoa madura. O comportamento, especialmente aquele que se assume nos momentos “críticos” da vida, manifesta o nível de integração e de maturidade de indivíduo. Em momentos mais decisivos a pessoa serve-se de sua estrutura cognitiva que é o conjunto de suas experiências, crenças... que interferem nas decisões. Por isso, nestes momentos pode-se com certa facilidade avaliar o grau de maturidade da pessoa.
Giordani (1979), apresenta o elenco proposto por F. Redl e D. Wineman para avaliar a maturidade afetiva do jovem e que S. Filipi aceitou como válido para expressar um juízo também sobre a pessoa adulta.

Critérios propostos:
1. Tolerância à frustração e à ambigüidade das situações.
Capacidade de enfrentar situações frustrantes com serenidade. Quem é imaturo não tem a força de suportar a frustração ou a incerteza da situação: a espera e a ambigüidade são vividas como ameaças para o futuro. As reações estendem-se numa ampla gama que vai desde a crítica corrosiva e do fechamento aos outros, até a desorganização da personalidade.
2. Controle da ansiedade e da insegurança.
Diante de um perigo, o sujeito imaturo desorganiza-se emocionalmente e tem reações desproporcionadas e de tipo infantil. Às vezes pode controlar-se externamente, mas tal controle não é consciente e nem governado pela vontade, mas é fruto de algum mecanismo de defesa. A pessoa madura age de forma contrária.
3. Resistência às solicitações.
De fronte às instigações, sejam internas que ambientais (pressão do grupo ou da multidão), o ser humano maduro consegue permanecer dono de si e coerente com os próprios princípios morais. Sabe-se que as pressões do grupo reduzem notavelmente o senso de responsabilidade e a capacidade de decisão autônoma.
4. Adaptação a situações novas.
Cada inovação é fonte de certa insegurança e de ansiedade. Quem é maduro suporta estes estados de ânimo sem desorganizar-se emocionalmente. Maduro é aquele que se coloca diante das inovações com senso crítico e justo. A capacidade de adaptar-se a situações novas é sinal de maturidade. O imaturo, ao invés, sente-se ameaçado e recorre a comportamentos infantis ou a mecanismos de defesa para enfrentar a ansiedade.
5. Capacidade de autocontrole.
É próprio do ser humano maduro permanecer coerente com seus princípios também na ausência física de pessoas significativas para ele. Ele aceita e observa as leis, mas sem sentir-se obsessionado nem escravo das suas exigências. Observa-as com convicção e com espírito de liberdade. A pessoa imatura, ao invés, agarra-se às pessoas ou às normas (sejam externas sejam internalizadas) para sentir-se seguro, e torna-se escravo.

7. Comportamento flexível, plástico.
A pessoa madura considera a realidade social na qual vive e sabe adaptar o próprio comportamento respeitando as exigências do ambiente sem tornar-se escravo, buscando promover o crescimento em si mesmo e nos outros. O imaturo é incapaz de tal plasticidade: fixa-se rigidamente em posições egocêntricas de defesa psíquica, descuidando as exigências dos outros.
8. Capacidade de dar e receber.
Quem é maduro possui uma disposição altruística que o leva a doar-se aos outros, e goza de uma liberdade interior que lhe permite de aceitar quando lhe vem oferecido (especialmente no campo afetivo) e de gozar serenamente de maneira construtiva. O imaturo, inversamente, não consegue nem se abrir nem se doar aos outros, nem mesmo colher as pessoas ou a aceitar os seus “dons”. Tal incapacidade tem suas raízes na falta de aprendizado no dar e receber das primeiras fases de desenvolvimento emocional.
9. Aceitação do senso de culpa.
A pessoa madura toma livremente consciência dos insucessos e dos erros cometidos, sem tentar negá-los; aceita-os com senso de responsabilidade e os utiliza para reparar o mal feito e aprender um comportamento mais correto e construtivo. No imaturo, ao invés, o senso de culpa provoca uma desorganização que o bloqueia e lhe faz assumir atitudes improdutivas, desproporcionadas com a situação, autopunitivas. Outras vezes o senso de culpa está tão ausente porque, incapaz de suportá-lo, o elimina recorrendo a algum mecanismo de defesa (sublimação ou formação reativa).
10. Capacidade de esperar.
A transcorrência do tempo é vivido pela pessoa madura, sem ansiedade, sem pressa e com senso de confiança no futuro. O imaturo não suporta a ansiedade da espera, não sabe adiar a satisfação dos próprios impulsos porque não pode fazer a menos, ou teme perder para sempre a ocasião de fazê-lo.
11. Poder de sublimação.
A sublimação é uma espécie de transferência de uma força para um outro campo. Para Freud e para os psicanalistas em geral, a sublimação é um simples mecanismo de defesa no qual os impulsos libidinais ou agressivos são deslocados ou canalizados para metas socialmente aceitáveis e, culturalmente criativas.
O ser humano maduro, ao invés, é capaz de operar sobre os próprios instintos um processo sublimatório o qual vem apresentado na concepção humanística da pessoa humana. A realização de si e a conseqüente satisfação dizem respeito a toda a pessoa, e não um motivo singular ou um impulso particular. O ser humano maduro identifica a auto-realização com o a aquisição de valores que ele sente como um bem para si mesmo. Essa visão permite-lhe investir todas as próprias energias no empenho de conseguir a meta que ele se propôs. Em tal empenho, enfrenta generosamente as privações e renúncias requeridas, sem sentir-se frustrado; ele encontra uma satisfação de base que lhe faz perceber como periférica, e não necessária, a gratificação dos singulares impulsos.
12. Tomada de consciência.
Quem é maduro tem a liberdade e a coragem de tomar consciência das próprias ações, das intenções e dos sentimentos que se movem nele. Não tenta remover ou negar – como, ao invés, faz o imaturo - os sentimentos e os fatos desagradáveis, nem projetará para os outros as próprias culpas e os próprios defeitos.

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Discípulos Missionários a serviço das Vocações

AGENDA DO SAV LESTE II


PASTORAL: VOCACIONAL

ATIVIDADE DO REGIONAL LESTE II
- Reunião da coordenação das províncias

DATA
09 de março
01 de junho
05 de novembro

LOCAL:
CNBB –Av. João Pinheiro, 39 - 2° andar - Belo Horizonte -

CONTATO: Ir. Gervis Monteiro

ATIVIDADE:

1° Congresso Vocacional – Regional Leste II
Centro de Formação Martina Toloni -Vila Velha – ES.
Arquidiocese de Vitória
DATA:
30, 31 de jul a 01° de agosto
CONTATO:
Ir. Gervis Monteiro e Pe. Márcio Ferreira de Sousa
ATIVIDADE:
III Congresso Vocacional do Brasil
Itaici- São Paulo
03 a 07 de setembro de 2010.
CONTATO: Ir. Gervis Monteiro
ATIVIDADE:
Reunião dos coordenadores do SAV em nível nacional
Centro Rogate – São Paulo
DATA:
22 a 23 de março
Reunião Conjunta da CMOVC
DATA: 25 a 28 de outubro
LOCAL: Aparecida-SP
CONTATO:
Pe. Reginaldo
ATIVIDADE:
Celabração do dia do Bom Pastor
Tema: Testemunho suscita vocações
DATA: 4° domingo da Páscoa
CONTATO: Ir. Gervis e coordenadores das províncias eclesiástica
ATIVIDADE:
Celebrar as diversidades das vocações na Igreja.
Em todas as dioceses
DATA:Agosto mês vocacional
Tema: Discípulos Missionários a serviço das vocações’
CONTATO:
Ir. Gervis e coordenadores das províncias eclesiástica
Província de Belo Horizonte
ATIVIDADE:
Reunião da coordenação
DATA:
08 de fevereiro - Casa de Oliveira - BH-8h30min às 13h
03 de maio - Casa de Divinópolis - BH - 8h30min às 13h
04 de outubro - Casa de Sete Lagoas - BH - 8h30min às 13h
Seminário S. José em Belo Horizonte
- III Assembléia do SAV
DATA: 12 a 14 de novembro
LOCAL: Divinópolis

CONTATO:
Pe. Everaldo Quirino
Província de Belo Horizonte Pe. Everaldo Quirino
Província de Diamantina
ATIVIDADE:
Estudo do texto base do III Congresso Vocacional
LOCAl: Diocese de Almenara
data: 31 de abril a 01 de maio
contato: Pe. Aleandro Santos Vieira

Província de Juiz de Fora
ATIVIDADE:
- 1° Sínodo arquidiocesano
LOCAL: Juiz de Fora
13/12/2009 a 21/01/2010
- Estudo do texto base do III Congresso Vocacional
Local a definir
Data a definir
CONTOATO: Ir. Terezinha e Willian

Província de Mariana
ATIVIDADE:
Ceara: grande encontro de juventudes
DATA: 13 a 16 de fevereiro
LOCAL: Viçosa
- Reunião da coordenação
DATA:
20 de março
09 de outubro
- Estudo do documento final do III Congresso vocacional do Brasil
DATA: A definir
Novembro
CONTATO: Ir. Eva
- Encontros vocacionais
LOCAL: Governador Valadares
DATA: Um vez por mês
CONTATO: Padre Anderson José de Paula
- Reunião da coordenação do SAV e GV
Gov. Valadares
Um vez por por mês
CONTATO:
Padre Anderson José de Paula
- Assembléia de Animadores Vocacinais (Mariana)
Data: 15 de maio
Local: Ponte Nova

Província de Pouso Alegre
ATIVIDADE:
Encontro de Acompanhamento Vocacional
LOCAL: Três Corações Dioc. de Campanha
19 a 21 de fevereiro
CONTATO: Reginaldo
- Encontro Diocesano da OVS
LOCAl: Três Corações (Dia Mundial de Oração pelas Vocações)
25 de abril
- Congresso/Assembléia Vocacional
Diocese da Campanha
Data a definir
- Reunião da coordenação das dioceses do SAV
Diocese de Campanha
DATA: maio
- Encaminhamento para o I Congresso Regional
Local a definir
DATA: Junho e setembro
- Congresso Vocacional
Três Corações diocese de Campanha
DATA: 12 a 14 de novembro
Província de Montes Claros
ATIVIDADE: Reunião da coordenação
LOCAL: Paracatu
DATA: 02 de março
CONTATO: Pe. Antonio Eduardo