SAV-Leste 2 - Minas Gerais e Espírito Santo

Aqui, você encontra conteúdos para o Serviço de Animação Vocacional.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Exportação Pós-Sinodal "Verbum Domini"

Exortação pós-sinodal
“Verbum Domini”
sobre Sínodo da Palavra de Deus
Bento XVI, 11/11/2010
O Papa apresentou a Exortação apostólica pós-sinodal do Papa Bento XVI "Verbum  referente à Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos sobre "A palavra de Deus na vida e na missão da Igreja", que aconteceu no Vaticano de 5 a 26 de outubro de 2008.
A Palavra de Deus na vida da Igreja Católica precisa ser redescoberta na sua centralidade, na sua urgência e na sua beleza, é a síntese da mensagem de Bento XVI. A Exortação Apostólica "Verbum Domini" está dividida em três partes, cada uma precedida por um "Introdução" e arrematada com a "Conclusão":
Primeira parte está intitulada "Verbum Dei";
Segunda parte, "Verbum in Ecclesia", e
Terceira parte, "Verbum mundo".
O documento toca temas importantes para o Papa Ratzinger, como a relação entre exegese e teologia, assim como a Palavra de Deus, a liturgia e sobre a Leitura Orante. É também um forte apelo pelo respeito dos direitos e deveres da população no que diz respeito à liberdade religiosa, ao professar da fé e à consciência.leituraorante_tenda
A primeira parte, "Verbum Dei", refere-se ao "grande impulso" dado pelo Concílio Vaticano II na redescoberta da Palavra de Deus na vida da Igreja. O Santo Padre recorda que o cristianismo é "a religião da Palavra de Deus", que se realizou na pessoa de Jesus Cristo, a "Palavra definida por Deus".
A segunda parte, dedicada ao "Verbum in Eclesia", discorre sobre a relação da Palavra de Deus com a liturgia. Neste ponto, Bento XVI ressalta propostas concretas a serem realizadas na vida pastoral e paroquial da Igreja. A primeira delas é a correta preparação dos leitores, que devem ser leituraorante_meditacao"verdadeiramente idôneos e preparados com empenho".O Papa pede ainda que "se melhore a qualidade" das homilias, sublinhando que se devem evitar "homilias genéricas e abstratas", e também "divagações inúteis". O Santo Padre, assim como haviam proposto os padres sinodais, pede a criação e um "Diretório Homilético".
Ainda de acordo com a Exortação de Bento XVI, as leituras da Bíblia não podem nunca ser "substituídas por outros textos". Na liturgia, diz, são importantes os momentos de silêncio. O Papa destaca, contudo, que ao pensar as leituras e os cantos é necessário ter uma "atenção particular" com aqueles que não podem ver ou ouvir. Tem um capítulo apresentando a "Leitura Orante da Sagrada Escritura e 'lectio divina'", com dados históricos e citações dos Padres da Igreja. O Papa apresenta os passos da Leitura Orante, que "é verdadeiramente capaz não só de desvendar ao fiel o tesouro da Palavra de Deus, mas também de criar o encontro com Cristo, Palavra divina viva" (n. 87).
leituraorante_agirA terceira parte, "Verbum mundo", é dedicada à consciência missionária.O pontífice recorda aqui a inviolabilidade do direito e da liberdade das pessoas de escutar e da Igreja de proclamar a Palavra de Deus. Neste aspecto, Bento XVI se dirige a todos os perseguidos por causa de Cristo, sobretudo na Ásia e na África, que segundo ele "correm risco de vida ou de marginalização social devido a sua fé".
O cardeal Dom Odilo Sherer, que participou do Sínodo dos Bispos, refletiu sobre o documento, destacou que o documento fica para a Igreja como referência sobre este tema tão importante para a vida eclesial. Para ele, o título da exortação, "Verbum Domini" (A Palavra da Senhor), cabe muito bem, pois se trata exatamente disso, a "Palavra do Senhor que se manifestou, que foi dita ao mundo e está presente no meio mundo."
Ao explicar sobre as três grandes partes que orientam a reflexão do documento – Palavra de Deus, Palavra na Igreja, Palavra no mundo, o cardeal disse que a exortação explicita questões importantes relacionadas à Escritura: "a Palavra de Deus que é de Deus; a Palavra de Deus que está na Igreja, que a acolhe, zela pela por ela e vive dela; e a Palavra de Deus dita ao mundo, de forma missionária, e que continua a ser dita não se fecha simplesmente dentro de um espaço, de uma comunidade".
Dom Odilo aconselhou que todas as pessoas tenham o documento em mãos e o leiam. "De fato, é um texto muito bonito e também de fácil compreensão, porque certamente todas as pessoas têm algumaleituraorante_orar familiaridade com a Palavra de Deus. Portanto, esta exortação apostólica trata de um tema que a todos interessa e a todos é familiar". Ele ressaltou que é importante fazer refletir este documento nas bases, nas comunidades, nas pastorais, nas famílias, , entre os religiosos, seminários, faculdades de teologia, em todos os âmbitos da vida da Igreja.
"A Palavra de Deus é dita a todos, de modo que também as pessoas simples têm condições de acolhê-la, dar resposta e sentir alegria na Palavra de Deus", afirmou dom Odilo, que também apontou que, neste sentido, o Papa apresenta a leitura orante da Bíblia como um caminho para que a Sagrada Escritura seja vivida e entendida por todos os fiéis.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

2º Congresso Vocacional Latino-americano



Sob o lema "Chamados a lançar as redes para alcançar a vida plena em Cristo", acontecerá em Cartago, Costa Rica, de 31 de janeiro a 05 de fevereiro de 2011, o 2º Congresso Latinoamericano de Vocações. Promovido, entre outros, pelo Departamento de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latinoamericano (Celam), o encontro se levará a cabo com o objetivo de fortalecer a cultura vocacional, para que os batizados assumam seu chamado de ser discípulos e missionários de Cristo nas circunstâncias atuais da América Latina e Caribe.
Segundo informa o Celam, o Congresso é uma resposta aos desafios estabelecidos no Documento Conclusivo da 5ª Conferência Geral do Episcopado Latinoamericano, celebrada na cidade de Aparecida, São Paulo, no ano de 2007, que fala sobre a formação dos discípulos e missionários de Cristo, de onde ocupa um lugar privilegiado a pastoral vocacional, que acompanha cuidadosamente a todos os que o Senhor chama a servir-lhe à Igreja no sacerdócio, na vida sacerdotal e no estado laical.
Congresso é uma resposta aos desafios estabelecidos pelo Documento de Aparecida
Conforme o documento, a pastoral vocacional é responsabilidade de todo o povo de Deus e "começa na família, continua na comunidade cristã, devendo dirigir-se às crianças e especialmente aos jovens, para ajudá-los a descobrir o sentido da vida e o projeto que Deus tenha para cada um, acompanhando-os em seu processo de discernimento".
Da mesma forma, o encontro é resultado da reunião, que em novembro de 2008, tiveram os bispos responsáveis da Animação Vocacional na América Latina - no qual participaram como convidados integrantes da Obra Pontifícia para as Vocações Sacerdotais e da Congregação para a Educação Católica, do Vaticano. Ali, em unidade com Aparecida, os prelados sedimentaram as bases para promover e coordenar diferentes iniciativas vocacionais, como é a realização deste Congresso.
Este encontro, além de pretender fortalecer a cultura vocacional, pretende destacar os elementos que na realidade latinoamericana incidem na dinâmica vocacional, determinar passos concretos para a dimensão evangelizadora e da animação vocacional para a Missão Continental e elaborar processos de itinerários vocacionais que respondem às circunstâncias atuais de América Latina.
Texto Original de Sonia Trujillo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Papa Bento XVI

CARTA DO PAPA BENTO XVI
AOS SEMINARISTAS

Queridos Seminaristas,
Em Dezembro de 1944, quando fui chamado para o serviço militar, o comandante de companhia perguntou a cada um de nós a profissão que sonhava ter no futuro. Respondi que queria tornar-me sacerdote católico. O subtenente replicou: Nesse caso, convém-lhe procurar outra coisa qualquer; na nova Alemanha, já não há necessidade de padres. Eu sabia que esta «nova Alemanha» estava já no fim e que, depois das enormes devastações causadas por aquela loucura no país, mais do que nunca haveria necessidade de sacerdotes. Hoje, a situação é completamente diversa; porém de vários modos, mesmo em nossos dias, muitos pensam que o sacerdócio católico não seja uma «profissão» do futuro, antes pertenceria já ao passado. Contrariando tais objecções e opiniões, vós, queridos amigos, decidistes-vos a entrar no Seminário, encaminhando-vos assim para o ministério sacerdotal na Igreja Católica. E fizestes bem, porque os homens sempre terão necessidade de Deus – mesmo na época do predomínio da técnica no mundo e da globalização –, do Deus que Se mostrou a nós em Jesus Cristo e nos reúne na Igreja universal, para aprender, com Ele e por meio d’Ele, a verdadeira vida e manter presentes e tornar eficazes os critérios da verdadeira humanidade. Sempre que o homem deixa de ter a noção de Deus, a vida torna-se vazia; tudo é insuficiente. Depois o homem busca refúgio na alienação ou na violência, ameaça esta que recai cada vez mais sobre a própria juventude. Deus vive; criou cada um de nós e, por conseguinte, conhece a todos. É tão grande que tem tempo para as nossas coisas mais insignificantes: «Até os cabelos da vossa cabeça estão contados». Deus vive, e precisa de homens que vivam para Ele e O levem aos outros. Sim, tem sentido tornar-se sacerdote: o mundo tem necessidade de sacerdotes, de pastores hoje, amanhã e sempre enquanto existir.
O Seminário é uma comunidade que caminha para o serviço sacerdotal. Nestas palavras, disse já algo de muito importante: uma pessoa não se torna sacerdote, sozinha. É necessária a «comunidade dos discípulos», o conjunto daqueles que querem servir a Igreja de todos. Com esta carta, quero evidenciar – olhando retrospectivamente também para o meu tempo de Seminário – alguns elementos importantes para o vosso caminho a fazer nestes anos.
1. Quem quer tornar-se sacerdote, deve ser sobretudo um «homem de Deus», como o apresenta São Paulo (1 Tm 6, 11). Para nós, Deus não é uma hipótese remota, não é um desconhecido que se retirou depois do «big-bang». Deus mostrou-Se em Jesus Cristo. No rosto de Jesus Cristo, vemos o rosto de Deus. Nas suas palavras, ouvimos o próprio Deus a falar connosco. Por isso, o elemento mais importante no caminho para o sacerdócio e ao longo de toda a vida sacerdotal é a relação pessoal com Deus em Jesus Cristo. O sacerdote não é o administrador de uma associação qualquer, cujo número de membros se procura manter e aumentar. É o mensageiro de Deus no meio dos homens; quer conduzir a Deus, e assim fazer crescer também a verdadeira comunhão dos homens entre si. Por isso, queridos amigos, é muito importante aprenderdes a viver em permanente contacto com Deus. Quando o Senhor fala de «orar sempre», naturalmente não pede para estarmos continuamente a rezar por palavras, mas para conservarmos sempre o contacto interior com Deus. Exercitar-se neste contacto é o sentido da nossa oração. Por isso, é importante que o dia comece e acabe com a oração; que escutemos Deus na leitura da Sagrada Escritura; que Lhe digamos os nossos desejos e as nossas esperanças, as nossas alegrias e sofrimentos, os nossos erros e o nosso agradecimento por cada coisa bela e boa, e que deste modo sempre O tenhamos diante dos nossos olhos como ponto de referência da nossa vida. Assim tornamo-nos sensíveis aos nossos erros e aprendemos a trabalhar para nos melhorarmos; mas tornamo-nos sensíveis também a tudo o que de belo e bom recebemos habitualmente cada dia, e assim cresce a gratidão. E, com a gratidão, cresce a alegria pelo facto de que Deus está perto de nós e podemos servi-Lo.
2. Para nós, Deus não é só uma palavra. Nos sacramentos, dá-Se pessoalmente a nós, através de elementos corporais. O centro da nossa relação com Deus e da configuração da nossa vida é a Eucaristia; celebrá-la com íntima participação e assim encontrar Cristo em pessoa deve ser o centro de todas as nossas jornadas. Para além do mais, São Cipriano interpretou a súplica do Evangelho «o pão nosso de cada dia nos dai hoje», dizendo que o pão «nosso», que, como cristãos, podemos receber na Igreja, é precisamente Jesus eucarístico. Por conseguinte, na referida súplica do Pai Nosso, pedimos que Ele nos conceda cada dia este pão «nosso»; que o mesmo seja sempre o alimento da nossa vida, que Cristo ressuscitado, que Se nos dá na Eucaristia, plasme verdadeiramente toda a nossa vida com o esplendor do seu amor divino. Para uma recta celebração eucarística, é necessário aprendermos também a conhecer, compreender e amar a liturgia da Igreja na sua forma concreta. Na liturgia, rezamos com os fiéis de todos os séculos; passado, presente e futuro encontram-se num único grande coro de oração. A partir do meu próprio caminho, posso afirmar que é entusiasmante aprender a compreender pouco a pouco como tudo isto foi crescendo, quanta experiência de fé há na estrutura da liturgia da Missa, quantas gerações a formaram rezando.
3. Importante é também o sacramento da Penitência. Ensina a olhar-me do ponto de vista de Deus e obriga-me a ser honesto comigo mesmo; leva-me à humildade. Uma vez o Cura d’Ars disse: Pensais que não tem sentido obter a absolvição hoje, sabendo entretanto que amanhã fareis de novo os mesmos pecados. Mas – assim disse ele – o próprio Deus neste momento esquece os vossos pecados de amanhã, para vos dar a sua graça hoje. Embora tenhamos de lutar continuamente contra os mesmos erros, é importante opor-se ao embrutecimento da alma, à indiferença que se resigna com o facto de sermos feitos assim. Na grata certeza de que Deus me perdoa sempre de novo, é importante continuar a caminhar, sem cair em escrúpulos mas também sem cair na indiferença, que já não me faria lutar pela santidade e o aperfeiçoamento. E, deixando-me perdoar, aprendo também a perdoar aos outros; reconhecendo a minha miséria, também me torno mais tolerante e compreensivo com as fraquezas do próximo.
4. Mantende em vós também a sensibilidade pela piedade popular, que, apesar de diversa em todas as culturas, é sempre também muito semelhante, porque, no fim de contas, o coração do homem é o mesmo. É certo que a piedade popular tende para a irracionalidade e, às vezes, talvez mesmo para a exterioridade. No entanto, excluí-la, é completamente errado. Através dela, a fé entrou no coração dos homens, tornou-se parte dos seus sentimentos, dos seus costumes, do seu sentir e viver comum. Por isso a piedade popular é um grande património da Igreja. A fé fez-se carne e sangue. Seguramente a piedade popular deve ser sempre purificada, referida ao centro, mas merece a nossa estima; de modo plenamente real, ela faz de nós mesmos «Povo de Deus».
5. O tempo no Seminário é também e sobretudo tempo de estudo. A fé cristã possui uma dimensão racional e intelectual, que lhe é essencial. Sem tal dimensão, a fé deixaria de ser ela mesma. Paulo fala de uma «norma da doutrina», à qual fomos entregues no Baptismo (Rm 6, 17). Todos vós conheceis a frase de São Pedro, considerada pelos teólogos medievais como a justificação para uma teologia elaborada racional e cientificamente: «Sempre prontos a responder (…) a todo aquele que vos perguntar “a razão” (logos) da vossa esperança» (1 Ped 3, 15). Adquirir a capacidade para dar tais respostas é uma das principais funções dos anos de Seminário. Tudo o que vos peço insistentemente é isto: Estudai com empenho! Fazei render os anos do estudo! Não vos arrependereis. É certo que muitas vezes as matérias de estudo parecem muito distantes da prática da vida cristã e do serviço pastoral. Mas é completamente errado pôr-se imediatamente e sempre a pergunta pragmática: Poderá isto servir-me no futuro? Terá utilidade prática, pastoral? É que não se trata apenas de aprender as coisas evidentemente úteis, mas de conhecer e compreender a estrutura interna da fé na sua totalidade, de modo que a mesma se torne resposta às questões dos homens, os quais, do ponto de vista exterior, mudam de geração em geração e todavia, no fundo, permanecem os mesmos. Por isso, é importante ultrapassar as questões volúveis do momento para se compreender as questões verdadeiras e próprias e, deste modo, perceber também as respostas como verdadeiras respostas. É importante conhecer a fundo e integralmente a Sagrada Escritura, na sua unidade de Antigo e Novo Testamento: a formação dos textos, a sua peculiaridade literária, a gradual composição dos mesmos até se formar o cânon dos livros sagrados, a unidade dinâmica interior que não se nota à superfície, mas é a única que dá a todos e cada um dos textos o seu pleno significado. É importante conhecer os Padres e os grandes Concílios, onde a Igreja assimilou, reflectindo e acreditando, as afirmações essenciais da Escritura. E poderia continuar assim: aquilo que designamos por dogmática é a compreensão dos diversos conteúdos da fé na sua unidade, mais ainda, na sua derradeira simplicidade, pois cada um dos detalhes, no fim de contas, é apenas explanação da fé no único Deus, que Se manifestou e continua a manifestar-Se a nós. Que é importante conhecer as questões essenciais da teologia moral e da doutrina social católica, não será preciso que vo-lo diga expressamente. Quão importante seja hoje a teologia ecuménica, conhecer as várias comunidade cristãs, é evidente; e o mesmo se diga da necessidade duma orientação fundamental sobre as grandes religiões e, não menos importante, sobre a filosofia: a compreensão daquele indagar e questionar humano ao qual a fé quer dar resposta. Mas aprendei também a compreender e – ouso dizer – a amar o direito canónico na sua necessidade intrínseca e nas formas da sua aplicação prática: uma sociedade sem direito seria uma sociedade desprovida de direitos. O direito é condição do amor. Agora não quero continuar o elenco, mas dizer-vos apenas e uma vez mais: Amai o estudo da teologia e segui-o com diligente sensibilidade para ancorardes a teologia à comunidade viva da Igreja, a qual, com a sua autoridade, não é um pólo oposto à ciência teológica, mas o seu pressuposto. Sem a Igreja que crê, a teologia deixa de ser ela própria e torna-se um conjunto de disciplinas diversas sem unidade interior.
6. Os anos no Seminário devem ser também um tempo de maturação humana. Para o sacerdote, que terá de acompanhar os outros ao longo do caminho da vida e até às portas da morte, é importante que ele mesmo tenha posto em justo equilíbrio coração e intelecto, razão e sentimento, corpo e alma, e que seja humanamente «íntegro». Por isso, a tradição cristã sempre associou às «virtudes teologais» as «virtudes cardeais», derivadas da experiência humana e da filosofia, e também em geral a sã tradição ética da humanidade. Di-lo, de maneira muito clara, Paulo aos Filipenses: «Quanto ao resto, irmãos, tudo o que é verdadeiro, nobre e justo, tudo o que é puro, amável e de boa reputação, tudo o que é virtude e digno de louvor, isto deveis ter no pensamento» (4, 8). Faz parte deste contexto também a integração da sexualidade no conjunto da personalidade. A sexualidade é um dom do Criador, mas também uma função que tem a ver com o desenvolvimento do próprio ser humano. Quando não é integrada na pessoa, a sexualidade torna-se banal e ao mesmo tempo destrutiva. Vemos isto, hoje, em muitos exemplos da nossa sociedade. Recentemente, tivemos de constatar com grande mágoa que sacerdotes desfiguraram o seu ministério, abusando sexualmente de crianças e adolescentes. Em vez de levar as pessoas a uma humanidade madura e servir-lhes de exemplo, com os seus abusos provocaram devastações, pelas quais sentimos profunda pena e desgosto. Por causa de tudo isto, pode ter-se levantado em muitos, e talvez mesmo em vós próprios, esta questão: se é bom fazer-se sacerdote, se o caminho do celibato é sensato como vida humana. Mas o abuso, que há que reprovar profundamente, não pode desacreditar a missão sacerdotal, que permanece grande e pura. Graças a Deus, todos conhecemos sacerdotes convincentes, plasmados pela sua fé, que testemunham que, neste estado e precisamente na vida celibatária, é possível chegar a uma humanidade autêntica, pura e madura. Entretanto o sucedido deve tornar-nos mais vigilantes e solícitos, levando precisamente a interrogarmo-nos cuidadosamente a nós mesmos diante de Deus ao longo do caminho rumo ao sacerdócio, para compreender se este constitui a sua vontade para mim. É função dos padres confessores e dos vossos superiores acompanhar-vos e ajudar-vos neste percurso de discernimento. É um elemento essencial do vosso caminho praticar as virtudes humanas fundamentais, mantendo o olhar fixo em Deus que Se manifestou em Cristo, e deixar-se incessantemente purificar por Ele.
7. Hoje os princípios da vocação sacerdotal são mais variados e distintos do que nos anos passados. Muitas vezes a decisão para o sacerdócio desponta nas experiências de uma profissão secular já assumida. Frequentemente cresce nas comunidades, especialmente nos movimentos, que favorecem um encontro comunitário com Cristo e a sua Igreja, uma experiência espiritual e a alegria no serviço da fé. A decisão amadurece também em encontros muito pessoais com a grandeza e a miséria do ser humano. Deste modo os candidatos ao sacerdócio vivem muitas vezes em continentes espirituais completamente diversos; poderá ser difícil reconhecer os elementos comuns do futuro mandato e do seu itinerário espiritual. Por isso mesmo, o Seminário é importante como comunidade em caminho que está acima das várias formas de espiritualidade. Os movimentos são uma realidade magnífica; sabeis quanto os aprecio e amo como dom do Espírito Santo à Igreja. Mas devem ser avaliados segundo o modo como todos se abrem à realidade católica comum, à vida da única e comum Igreja de Cristo que permanece uma só em toda a sua variedade. O Seminário é o período em que aprendeis um com o outro e um do outro. Na convivência, por vezes talvez difícil, deveis aprender a generosidade e a tolerância não só suportando-vos mutuamente, mas também enriquecendo-vos um ao outro, de modo que cada um possa contribuir com os seus dotes peculiares para o conjunto, enquanto todos servem a mesma Igreja, o mesmo Senhor. Esta escola da tolerância, antes do aceitar-se e compreender-se na unidade do Corpo de Cristo, faz parte dos elementos importantes dos anos de Seminário.
Queridos seminaristas! Com estas linhas, quis mostrar-vos quanto penso em vós precisamente nestes tempos difíceis e quanto estou unido convosco na oração. Rezai também por mim, para que possa desempenhar bem o meu serviço, enquanto o Senhor quiser. Confio o vosso caminho de preparação para o sacerdócio à protecção materna de Maria Santíssima, cuja casa foi escola de bem e de graça. A todos vos abençoe Deus omnipotente Pai, Filho e Espírito Santo.
Vaticano, 18 de Outubro – Festa de São Lucas, Evangelista – do ano 2010.

Vosso no Senhor
BENEDICTUS PP XVI

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Encontro do SAV da Província Eclesiástica de Mariana

COORDENAÇÃO DO SAV DA PROVÍNCIA ECLESIÁSTICA DE MARIANA REALIZA ENCONTRO EM PONTE NOVA

O Serviço de Animação Vocacional da Província Eclesiástica de Mariana, que envolve além da arquidiocese de Mariana as dioceses de Caratinga, Governador Valadares e Itabira/Coronel Fabriciano, promoveu no sábado, 9 de outubro, o encontro das equipes do SAV na cidade de Ponte Nova. Um dos objetivos do encontro foi o repasse de alguns pontos do Documento do 3º Congresso Vocacional do Brasil, que em breve será publicado. Padre Eliseu Donisete, da arquidiocese de Mariana, expôs de maneira sintética as principais ideias tratadas e refletidas no 3º Congresso Vocacional. Enfatizou o fato de o documento ter sido elaborado pelos próprios agentes vocacionais. Sua apresentação seguiu o esquema do congresso, trazendo à luz a conferência dos teólogos Agenor Brighenti, sobre “As Vocações no Atual Contexto Sociocultural”, e João Batista Libânio, sobre “A Teologia do Discipulado e da Missão”, além da conferência do Padre Gilson Maia que tratou das questões práticas do SAV. Nesta reunião foi proposta a criação de uma semana de formação para os animadores vocacionais com o objetivo de capacitar, através do estudo, da reflexão e da partilha de experiências, animadores vocacionais, em vista do serviço às vocações e ministérios da Igreja para uma ação mais eficaz, de modo que a dimensão vocacional se torne cada vez mais conatural e essencial à missão evangelizadora das comunidades cristãs. Para a organização desta semana, a equipe ficou assim constituída: Pe. Eliseu Donisete, de Mariana, Ir. Clarice, de Governador Valadares, Pe. Miguel, de Itabira, e Willis Gama, de Caratinga. A expectativa é que esta formação ocorra na cidade de Mariana, durante o mês de julho de 2011. Cada diocese terá direito a 10 vagas. A coordenadora do SAV na Província, Ir. Eva Bannwart avaliou o encontro como muito rico, pelas decisões concretas que foram tomadas e pelas partilhas feitas. As próximas reuniões para o ano que vem serão: 12 de Março em João Monlevade e 15 de outubro em Governador Valadares. Estiveram presentes neste encontro 23 animadores vocacionais.

Colaborou: Elias Gonçalves
seminarista da diocese de Caratinga
Foto: Ir. Eva

domingo, 10 de outubro de 2010

Outubro: mês das missões

É missão de todos nós!!! 
Campanha Missionária 2010 

Em outubro comemoramos o mês das missões e do rosário. Celebramos várias festas Marianas e acontecimentos históricos marcantes como o início da evangelização nas Américas, o novo mundo que então se descortinava. Nós iniciamos este mês com a Semana Nacional da Vida e o Dia do Nascituro. A semana e o dia da criança nos levam a refletir sobre a nossa responsabilidade atual para que a dignidade humana se inicie logo nos primeiros momentos da vida.
Porém, em geral, a marca maior deste mês são as Missões. A Igreja nasce na missão e da missão. Neste ano o tema está inspirado no da Campanha da Fraternidade e é “Missão e Partilha” cuja novena aprofunda o sentido da Campanha Missionária, inclusive da Coleta pelas Missões, o trabalho missionário nas grandes cidades, nas periferias, na partilha com os povos famintos, na religiosidade popular, na questão dos migrantes e refugiados, com relação ao meio ambiente e partilha de pessoas.
O papa Bento XVI, como faz todos os anjos, escreveu a sua mensagem para o Dia Missionário Mundial com tema “A construção da comunhão eclesial é a chave da missão”. Temos assim muitas reflexões a ser feitas durante este tempo.
O documento de Aparecida ao lançar a Missão Continental, lembra que isso significa viver em estado permanente de missão – grande desafio para nossa mentalidade e nossos costumes.
Por isso, não é suficiente nos lembrarmos de missão apenas daqueles que partiram para terras distantes, ou que trabalham nas fronteiras da Igreja na sua obra evangelizadora que, certamente, é universal, pois temos muito serviço nas portas de nossas casas.
Porém, ressaltamos que as fronteiras da evangelização não é apenas uma relação geográfica, mas os limites da cultura, da religião que nascem em nossas sociedades e em nossas cidades, na nossa família, no trabalho e na escola. A missão, neste sentido, está bem ao nosso lado, à nossa porta e janela. Temos necessidades enormes de trabalhos bem concretos em várias pastorais em nossas comunidades. É o exercício do apostolado cristão entusiasmado e coerente.
A missão hoje é abrir portas para aquele que está perto de nós, e que precisa da nossa palavra de fé. A nossa omissão neste caso pode ser fatal no testemunho de vida. Hoje urge, mais do que em todos os tempos, irmos ao encontro das pessoas, das famílias, das comunidades e povos. Devemos encontrar as pessoas lá onde elas estão, e não onde gostaríamos de encontrá-las. Devemos ir ao encontro do real e não do imaginário. E para tanto o missionário é antes de tudo um destemido, um audacioso.
A formação de pessoas no sentido da consciência de sua vocação missionária é uma necessidade urgente. Aliás, esse assunto esteve muito presente nas reuniões das foranias que realizei nesta semana. Para que tenhamos bons missionários, precisamos informar e formar os cristãos das necessidades da Igreja e de sua efetiva participação na obra evangelizadora. Também essa foi uma das preocupações do Papa Bento XVI em nossa conversa pessoal durante a visita “ad limina” – a formação do cristão.
É necessários estarmos sensibilizados para o apoio mais efetivo às missões, seja no cunho espiritual, seja também no material, como é o caso da coleta mundial pelas missões católicas que ocorrerá no quarto final de semana deste mês.
A nossa Arquidiocese tem trabalhos missionários fora dos limites territoriais em duas Dioceses Irmãs, tanto com o envio missionário em alguns meses durante o ano, como também com presença contínua de missionários partilhando da vida de comunidades e trabalhando pela evangelização.
É necessário promovermos, especialmente, entre os jovens uma sensibilidade maior para a missão, levando-os a se oferecerem para esta empreitada e também fomentarmos uma solidariedade econômica, uma mais ampla generosidade dos cristãos para as necessidades essenciais da Igreja nos territórios de missão.
A missão a que somos impulsionados para nós deve ser um dom, pois a tarefa de anunciar o evangelho é um compromisso generoso que deve ser assumido por cada batizado anunciando com coragem o evangelho, com todas as suas conseqüências.
Devemos afastar o medo e a indiferença, que no final paralisam o coração. O mundo à nossa volta precisa de discípulos-missionários, que “significa, antes de tudo, anunciar Jesus, fazê-lo conhecido e amado, testemunhando na vida cotidiana essa vida coerente, humilde e alegre de viver no seu amor. Significa anunciar com fidelidade e integridade cada um dos seus ensinamentos, tal como guardados e ensinados pela Igreja. Ser missionário é enfrentar os problemas pela luz de Cristo, luz das nações e dos povos.”
Portanto, a evangelização é mais do que ensinar é principalmente testemunhar com a própria vida os valores do Reino e a alegria do seguimento de Jesus Cristo. A missão é instrumento de mudança, de transformação, deve permear toda a cultura.
Mas não nos esqueçamos da oração, pois nada pode substituir a ação do Espírito Santo. Nada tem efeito sem esta ação, e nada pode convencer as mentes mais duras sem sua eficácia transformadora pelo interior da pessoa. Sem sua colaboração todos os esquemas se tornam apenas ações humanas, o que é pouco para converter pessoas.
A Igreja precisa hoje de homens e mulheres que se deixem conduzir pelo Espírito Santo, que sejam pessoas de oração, ungidas pelo poder de Deus.
Peçamos à Maria, a Estrela da Evangelização, a nossa boa e terna mãe do Rosário, de Aparecida, de Nazaré, da Penha, que nos ajude com a sua intercessão a vivermos com entusiasmo a missão. Que a força do sim de Maria, a sua entrega total e destemida possa ser contagiante para todos nós neste mês e em toda a nossa caminhada eclesial.

Dom Orani João Tempesta

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Comunicado de despedida da Ir. Gervis

Goiânia, 10 de Setembro de 2010
Querido amigo/amiga, animador/animadora vocacional

            "Dou graças ao meu Deus, cada vez que me lembro de você nas minhas orações. Por causa da vossa comunhão no anúncio do evangelho, desde o primeiro dia até agora. Eis a minha convicção: Aquele que começou em vocês tão boa obra há de levá-la a até o dia de Cristo Jesus. É justo que eu pense isto a respeito de todos vocês, pois vos trago no meu coração. Deus me é testemunha de que vos amo a todos com a ternura de Cristo Jesus. E é isto que eu peço; que vosso amor cresça cada vez mais, em conhecimento e em sensibilidade, a fim de poderdes discernir o que é importante, e melhor em prol da Pastoral Vocacional/ SAV".
             Com essas palavras de Paulo aos Filipenses, (final modificado por mim) me dirijo a cada um, a cada uma que não mediu esforços de juntos sonharmos pelo mesmo ideal: criar uma cultura vocacional em nosso regional Leste II. Realmente não penso que sou uma pessoa importante, mas acredito que comecei e terminei minha tarefa com muito carinho e trabalho de servidão, por amor as vocações e acreditar o quanto bem podemos fazer as pessoas através dessa nobre missão. Quem ama as vocações, planta na terra para colher na eternidade, trabalhar pelas vocações é o maior investimento que podemos fazer. Uma pessoa vale mais que o mundo todo!
           Já estou com saudade de todos vocês!
          Quando nossa vida é uma empolgação por Jesus Cristo ela se torna vida para nosso povo. Nós temos que amar esse povo, que tem momentos difíceis... Eles têm que sentir o amor de Deus através de nós.
Eu levo de você minha irmã meu irmão a imagem de um povo muito fraterno e acolhedor para comigo. Eu não esquecerei vocês... Quero dizer para vocês que na hora das dificuldades, do desânimo, na hora em que vocês duvidarem da vocação de vocês, lembrem da Eucaristia... não só Cristo é que se torna pão e sangue. Naquele momento você é chamado a se entregar ao Senhor, você é alimento para o povo. Foram quase dois anos, mas deixou saudades! Peço desculpas pelas minhas incorrespondências e palavras ásperas muitas vezes. Agora estou morando em Goiânia. Rezem por mim e pela minha nova missão.

Aqui deixo o endereço do novo coordenador:
Pe. Everaldo Quirino Ferreira, Rua: JK, 65 – Vila Nazaré, Cep: 35680-415 – Itaúna – MG, fone: (37) 3241-2473. Email: everaldoquirino@yahoo.com.br.
Agradeço ao Pe. Everaldo, por tamanha disponibilidade, apesar de inúmeras funções na sua diocese.
O blog está sob a responsabilidade de Pe. Eliseu, por favor, não deixem de mandar noticias, pois é um dos meios onde podemos partilhar as ricas experiências do SAV de nossas dioceses. O e-mail para enviar noticias é: savleste2@gmail.com.br. (www.leste2savbh.blogspot.com)

            Quero finalizar desejando a todos vocês perseverança! Mais uma vez quero agradecer o apoio e carinho incondicional.
Na ternura de Cristo meu abraço e preces com carinho e saudade

Ir. Gervis Monteiro,fsp
(62) 3224-2637;9631-6070 (vivo) (31) 9355-9050 (tim) – germs176@hotmail.com

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Novo email do blog do SAV Leste 2

O email do blog do Serviço de Animação Vocacional do Regional Leste 2 a partir de agora é: savleste2@gmail.com
Pedimos por gentileza a todas as dioceses deste Regional que nos enviem notícias, subsídios, vídeos, tudo aquilo que for produzido no campo vocacional. O blog está agora sob a responsabilidade do Pe. Eliseu Donisete, Arquidiocese de Mariana, a pedido do Pe. Everaldo. Esperamos poder contribuir para que o blog possa continuar sendo esta ferramenta de comunicação para a promoção das vocações.  

Mudança na Coordenação do SAV Regional Leste 2

O SAV do Regional Leste 2 está sob nova coordenação. Com a saída da Ir. Gervis, que está sendo transferida para Goiânia, assume os trabalhos, até a Assembleia do SAV no ano que vem, o Pe. Everaldo, da Diocese de Divinópolis, que foi eleito durante o 3º Congresso Vocacional do Brasil. Agradecemos imensamente a doação e disponibilidade com que a Ir. Gervis conduziu os trabalhos da animação vocacional em nosso Regional. Só nos resta dizer mais uma vez muito obrigado por tudo e muito sucesso na nova missão.     

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Brasil deve ter a maior delegação no Congresso Vocacional Latino-americano.

Brasil deve ter a maior delegação no Congresso Vocacional Latino-americano.

Celebração de envio encerra o 3º Congresso Vocacional

Celebração de envio encerra o 3º Congresso Vocacional

O entusiasmo e a alegria marcaram o encerramento do 3º Congresso Vocacional do Brasil, realizado pela CNBB, através da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada. O encontro começou na sexta-feira, 3, na Casa de Retiros Vila Kostka, em Itaci, município de Indaiatuba (SP).
“Pudemos experimentar de novo como Deus vem ao encontro de cada um de nós. Se somos amados, se a medida de Deus é transbordante com cada um de nós, como não corresponder a este amor?”, disse o presidente do Congresso, dom Leonardo Ulrich Steiner na cerimônia de envio que marcou o encerramento do evento.
“Partimos daqui rendendo graças por que fomos cumulados da graça de Deus. Quando cada um de nós se sentir um discípulo missionário a serviço das vocações estamos enriquecendo nossa igreja da presença do crucificado-ressuscitado”, acrescentou o bispo. “Onde há transparência da bondade do amor de Deus não faltam vocações. Neste tempo de luzes e sombras, talvez falte a percepção de como somos amados”, acrescentou.
Participaram do Congresso 386 animadores vocacionais, sendo 75 leigos e leigas, 122 religiosas, 2 freis, 12 diáconos, 159 padres e 16 bispos. Os congressistas aprovaram, na manhã de hoje, um documento que será divulgado brevemente pela Comissão para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB.
O documento tem uma estrutura simples e faz uma síntese das três conferências feitas pelos assessores, além de sugestões dos congressistas para o Serviço de Animação Vocacional e Pastoral Vocacional (SAV/PAV).
Presidente da CNBB preside última missa no Congresso Vocacional
O presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo de Mariana (MG), dom Geraldo Lyrio Rocha, deixou uma mensagem de otimismo e esperança para os participantes do 3º Congresso Vocacional, que termina ao meio dia de hoje, em Itaici, município de Indaiatuba (SP). Ele presidiu a última missa do encontro, que reuniu 385 animadores vocacionais.
“Este evento possibilitou celebrar a caminhada do serviço de animação vocacional, aprofundar a teologia das vocações, consolidar a identidade do(a) animador(a) e fortalecer o serviço de animação vocacional no Brasil”, disse o presidente da CNBB.
Dom Geraldo lembrou o evangelho lido na celebração que narrou a escolha dos apóstolos feita por Jesus. “A vocação dos apóstolos, como toda vocação tem sua raiz no encontro com Jesus Cristo que, no mistério da Páscoa e do Pentecostes os transforma em fiéis discípulos e ardorosos missionários”, recordou.
O arcebispo recorreu ao Documento da Conferência de Aparecida, realizada em Aparecida (SP) há três anos, para descrever a Pastoral Vocacional. “No que se refere à formação dos discípulos e missionários de Cristo ocupa um lugar particular a pastoral vocacional, que acompanha cuidadosamente todos os que o Senhor chama a servir à Igreja no sacerdócio, na vida consagrada ou no estado laical”.
O catarinense dom Leonardo Ulrich Steiner, 59, é bispo da prelazia de São Felix do Araguaia, no Mato Grosso, há cinco anos. A serenidade é uma das marcas deste franciscano que tem doutorado em filosofia e é membro da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada da CNBB. Ele preside o 3º Congresso Vocacional do Brasil, que reúne, desde sexta-feira, 3, em Itaici (SP), 385 animadores vocacionais de todo o país,. O Congresso debate o tema “Discípulos missionários a serviço das vocaçoes”.
Nesta entrevista exclusiva à Assessoria de Imprensa da CNBB, dom Leonardo explica que o Congresso Vocacional não é para ensinar técnicas ou métodos para conseguir mais vocações. “A experiência cristã, o seguir Jesus Cristo, o ser encontrado por Ele é uma experiência única. É a nobreza de Deus de nos ter escolhido e nos deixar participar do mistério de seu amor. Isso não é [ensinado] com técnica, com método, mas com o espírito, com abertura”.
Dom Leonardo fala também das crises por que passa a sociedade atual e lembra que as pessoas tentam equilibrar sua existência a poder da química, inclusive os jovens, com as drogas. “Ficamos espantados com o número cada vez maior de farmácias. É o primeiro tempo da história da humanidade que se usa a química para tentar equilibrar a existência humana”.
Dom Leonardo explica, ainda, o número reduzido de leigos neste 3º Congresso e destaca a qualidade de sua participação no evento. “Como participaram com disposição e alegria!”.

Leia, abaixo, a íntegra da entrevista.

1. Que elementos o senhor destaca como ponto alto deste congresso e para onde eles apontam?
Dom Leonardo: O primeiro elemento importante é o pré-congresso, que foi uma verdadeira descoberta. Não quisemos congregar as pessoas em Itaici sem antes termos estudado um texto, trocado ideias, experiências; sem termos feito nas paróquias um bom trabalho e realizado nos Regionais da CNBB os chamados pré-congressos. Em alguns Regionais a Pastoral Vocacional (PV) conseguiu se rearticular para o pré-congresso. Isso foi um ganho para a Igreja no Brasil.
O segundo elemento foi tentarmos trazer a beleza e a profundidade do Documento de Aparecida para a PV. Se na nossa Pastoral Vocacional conseguirmos fazer ver que todo batizado é um discípulo missionário a serviço das vocações, estamos levando a intuição da Conferência de Aparecida até nossas pequenas comunidades. Não apenas veremos as vocações, mas a intuição de Aparecida de que cada batizado, cada cristão, cada católico é aquele que vive de Jesus, anunciando Jesus, ouvindo a sua palavra, convivendo, sendo sinal do Reino.
Um terceiro elemento importante é a troca de experiência. O fato de termos aqui pessoas vindas de todo o Brasil, com mentalidades e experiências diversas; Igrejas que têm sua pastoral, suas dificuldades e seu entusiasmo, fez com que os congressistas começassem a perceber que a Igreja no Brasil é extremamente rica. Esta troca de experiência fez com que os congressistas percebessem que existem experiências que podem ser partilhadas. Chamo atenção, por exemplo, para a escola para formação de animadores vocacionais nos Regionais Sul 3 e Centro Oeste. Não uma escola de formar padres, mas de formar discípulos missionários que vêm, participam e se responsabilizam pela animação vocacional na nossa Igreja no Brasil.
2. O senhor disse que o Congresso não é para ensinar técnicas ou métodos para buscar vocações. Pode explicar melhor esta afirmação?
Dom Leonardo - No tempo que vivemos da ciência e da técnica, da virtualidade, poderíamos imaginar que um congresso iria nos dizer o que fazer e como fazer. Isto é, viemos aqui, ouvimos, voltamos para casa e agora vamos executar. A intuição do Congresso foi outra. Foi a de nos deixar guiar pelo espírito [da Conferência] de Aparecida e suscitar esse imenso desejo de ser discípulos missionários a serviço da Igreja.
Explicando melhor: a experiência cristã, o seguir Jesus Cristo, o ser encontrado por Ele é uma experiência única. É a nobreza de Deus de nos ter escolhido e nos deixar participar do mistério de seu amor. Isso não é [ensinado] com técnica, com método, mas com o espírito, com abertura. Deste encontro, deste dar-se conta da nobreza de Deus é que, certamente, vão abrir-se para nós elementos e pistas.
Numa entrevista me perguntaram: ‘Como anunciar Deus hoje?’. Respondi: ‘como, eu não saberia dizer. Talvez conseguisse dizer quem, qual a pessoa a ser anunciada hoje, ou seja, este Deus tão próximo de nós’. Tentei dizer isso na homilia [na celebração de abertura do Congresso] ao falar: “Deus, osso de nossos ossos, carne de nossa carne’. Nicolau de Cusa chega a dizer “o não outro de Deus”.
3. Os congressistas têm usado aqui a expressão ‘vocacionalizar a Igreja’. O que eles querem dizer com este neologismo?
Dom Leonardo – É a primeira vez que ouço [esta expressão] também. Este verbo [vocacionalizar] não existe, mas hoje se criam tantos verbos e palavras, que talvez esse também fique. Sinto nas colocações que ‘vocacionalizar’ quer dizer que toda a Igreja está apta, atenta, aberta para o serviço e animação vocacional. É toda ela ministerial, toda ela ajudando nossas crianças, adolescentes, jovens e os adultos a descobrirem qual é o chamado de Deus. Ajudar os nossos adultos a redescobrir a grandeza do amor primeiro o ‘por que abracei uma vocação?’. ‘Vocacionalizar’, então, é levar toda a Igreja a ser.
4. Um Congresso Vocacional pensa e fala sobre todas as vocações. No entanto, a presença dos leigos aqui é pequena e o senhor ressaltou esse detalhe num determinado momento do encontro. A que o senhor atribui isso?
Dom Leonardo - A primeira observação feita por uma leiga depois da minha fala foi a dificuldade dos próprios leigos terem meios econômicos para virem. Ela mesma disse: ‘eu sou professora, sou mãe, sou avó’ e falou da dificuldade de deixar o trabalho e vir [ao Congresso]. Não é tão simples o Norte e o Nordeste virem até São Paulo. O que nos falta ainda como Igreja no Brasil é começar a nos despertar para os discípulos missionários a serviço das vocações. O próprio tema do Congresso talvez possa ajudar para que, no próximo Congresso, se houver, a participação dos leigos seja maior. Mas a participação dos leigos neste Congresso foi muito positiva. Como participaram com disposição e alegria!
5. Isso não se deve, então, a uma visão reducionista como se vocação fosse apenas para padres e os de vida consagrada?
Dom Leonardo - No trabalho feito na Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada em relação ao mês de agosto dedicado às vocações, por exemplo, não temos mais acentuado uma das vocações. Pelo contrário, temos aproveitado este mês vocacional para trazer à recordação as grandes vocações dentro da Igreja. Esse esforço existe e está muito presente. Na nossa Comissão isso é muito claro e sinto isso também nas discussões da CNBB. Naturalmente que existe uma preocupação grande, sinto isso também aqui no Congresso, em relação às vocações para o presbítero e para a vida consagrada, seja na vida religiosa ou nos Institutos Seculares. Existe esta preocupação porque, em relação aos padres, sentimos a grande necessidade, dentro da Igreja, de termos uma presença maior para servir melhor nossas comunidades. Sentimos, ainda, a dificuldade de muitas Congregações terem novas vocações. Há congregações, inclusive, com dificuldade de dar continuidade a certos serviços na Igreja do Brasil.
6. O teólogo, padre Agenor Brighenti, um dos assessores do Congresso, disse que o mundo vive uma crise generalizada. Fala-se também de crise vocacional, inclusive da vocação para o matrimônio. Como o senhor vê as vocações neste contexto de crise?
Dom Leonardo - Estamos num outro tempo. Isso é real. No Documento de Aparecida e nas Diretrizes da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil está presente a expressão que estamos numa ‘mudança de época’. Estamos entrando num outro tempo. Olhando para trás achamos que foi tranqüila a passagem do antigo para o medieval; do medieval para o moderno. Achamos essas mudanças normais porque não estivemos lá. A idade média, por exemplo, foi um tempo de passagem muito duro. Basta estudarmos bem a história da Igreja e os intelectuais da época para entendermos todo este novo tempo que estava surgindo. Eram escolas inteiras atrás de compreender como era a questão do mistério da encarnação de Deus. Tenho a nítida impressão de que estamos num tempo de passagem e este tempo é salutar. O que virá, a gente não sabe.

O autor que pesquisei para minha tese doutoral sobre o conceito de Deus já escrevia nos anos 1970 dizendo que devíamos nos preparar melhor para o novo tempo que estava por vir, isto é, ir nos abrindo mais, ir tentando compreender cada vez mais. Isso tudo à luz do Evangelho, da Palavra de Deus, do evento de Deus. Que nós estamos nesta crise é evidente. Às vezes nem compreendemos mais em que situação nos encontramos quando vemos, por exemplo, o grande número de pessoas (casadas) que se separam; dos que deixam a vida religiosa e o sacerdócio; das pessoas que se suicidam e das que estão em depressão. Ficamos espantados com o número cada vez maior de farmácias. Vivemos hoje da química para tentar equilibrar nossa existência. É o primeiro tempo da história da humanidade que se usa a química para tentar equilibrar a existência humana.
7. Isso se aplica também aos jovens?
Dom Leonardo – Claro! Por que da droga? A droga é química. Então, estamos neste tempo, não adianta negar. É preciso abrir os olhos, mas os olhos da fé, como dizia Santo Agostinho. Outros olhos não entendem o perpassar de Deus dentro desse tempo. Outros olhos não entendem que ali estão as sementes do Verbo. Como somos sempre, a partir do evangelho, homens de esperança, precisamos entrar dentro deste tempo para que consigamos perceber a presença de Deus, que está presente em todas estas questões que não compreendemos – aliás Deus não é aquele que compreendemos, mas uma eterna revelação -, e ajudar a fazer surgir o novo. Quero dizer com isso que a vida do evangelho tem algo a dizer. Crise quer dizer acrisolar, purificar.
8. Nada disso, então, deve desanimar os promotores vocacionais?
Dom Leonardo - Ao contrário, isso é para provocar, é para dizer: ‘tem algo aí se acrisolando’, que está nascendo. Como está nascendo o evangelho aí dentro? Não sabemos, mas isso é o grande desafio de nosso tempo: não saber e confiar. Isso é fé.
9. Os congressitas perceberam isso? Ficaram animados?
Dom Leonardo - Para se ter uma ideia, mais de 20 pessoas vieram me agradecer o Congresso, dizendo que ajudou muito, que os assessores foram muito bons, que a troca de experiências nos grupos e nas mini-plenárias foi muito boa. Sinto que existe um ânimo. Não sei se o Congresso será suficiente para intuir a passagem do tempo em que estamos. Provavelmente não. Sit. CNBB

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

IIII Congresso Vocacional!

Equipe Executiva do 3º Congresso Vocacional define programação completa do evento

A Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, por meio da Pastoral Vocacional, realizará o 3º Congresso Vocacional do Brasil, de 3 a 7 de setembro, na cidade de Indaiatuba (SP). Os últimos preparativos para o Congresso foram definidos ontem, 23, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília (DF). Durante todo o dia, a Equipe Executiva do Congresso ficou reunida debatendo os últimos detalhes do evento.
“Este congresso, além de resgatar o que foi refletido nos congressos anteriores, tentará transmitir todos os ensinamentos do Documento de Aparecida”, explicou o integrante da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, dom frei Leonardo Ulrich Steiner. Dom Leonardo destacou também que as inscrições para o evento estão sendo realizadas através dos Regionais da CNBB. “Esperamos aproximadamente 400 pessoas, vindas de todo o Brasil, do Uruguai e com representantes do Vaticano e do Conselho Episcopal Latinoamericano (CELAM)”, explicou o bispo.
Segundo o assessor da Comissão Episcopal Pastoral para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada, da CNBB, padre Reginaldo de Lima, esta foi a terceira reunião feita pela Equipe Executiva, e nela [reunião] se estabeleceu a grade de programação, a dinâmica das apresentações e todos os detalhes que cercam este “importante” evento.
Alguns detalhes diferenciam esse congresso dos demais. Um detalhe será o espaço para contribuição direta do público, com intervenções diretas aos palestrantes. O outro será a formação de 18 grupos, formados pelos participantes, que farão mini-plenárias isoladamente. Desses grupos, seis pessoas serão convocadas para apresentar o que fora debatido com o restante, integrando as ideias e dinamizando o processo formador, destacou padre Reginaldo.
Os Congressos anteriores se abriram para as questões da antropologia e da cultura vocacional, da inculturação e da evangelização, da oração e da espiritualidade, da integração das pastorais, da pedagogia e do planejamento, do itinerário vocacional. Este ano, o tema será “Discípulos missionários a serviço das vocações”, e o lema “Ide, pois, fazer discípulos entre todas as nações”.
Veja abaixo a programação completa do 3º Congresso Vocacional do Brasil
PROGRAMA DO ENCONTRO

03/09 – Sexta-feira
20h00 – Celebração de abertura
20h30 – Instalação do Congresso
21h15 – Encenação
22h00 – Reunião com coordenadores e secretários
04/09 – Sábado
07h00 – Eucaristia
08h30 – 1ª Sessão – Encaminhamentos
09h00 – Conferência. Tema: Vocações no atual contexto sócio-cultural e clesial, Pe. Agenor Brighenti.
11h00 - Intervenções
12h00 – Intervalo e convivência entre os participantes
14h00 – Animação
14h15 - Oração
14h30 – Trabalho em grupo
16h30 – Mini-plenária
17h30 – Plenária / Resgate do dia
18h30 – Oração
20h15 – Experiências Vocacionais
21h30 – Reunião com coordenadores e secretários
05/09 – Domingo
07h00 – Eucaristia
08h30 – 1ª Sessão – Encaminhamentos
09h00 – Conferência. Tema: Teologia do discipulado e da missão, Pe. João Batista Libanio.
11h00 - Intervenções
12h00 – Intervalo e convivência entre os participantes
14h00 – Animação
14h15 - Oração
14h30 – Trabalho em grupo
16h30 – Mini-plenária
17h30 - Plenária / Resgate do dia
18h30 – Oração
20h15 – Confraternização
21h30 – Reunião com coordenadores e secretários
06/09 – Segunda-feira
07h00 – Eucaristia
08h30 – 1ª Sessão – Encaminhamentos
09h00 – Conferência. Tema: Questões práticas, Pe. Gilson Maia.
11h00 - Intervenções
12h00 – Intervalo e convivência entre os participantes
14h00 – Animação
14h15 - Oração
14h30 – Trabalho em grupo
16h30 – Mini-plenária
17h30 - Plenária / Resgate do dia
18h30 – Oração
20h15 – Encontro por regionais
21h30 – Reunião com coordenadores e secretários
06/09 – Terça-feira
07h00 – Eucaristia
08h30 – Apresentação do texto conclusivo
09h00 – Conferência. Tema: Questões práticas, Pe. Gilson Maia.
11h00 – Aprovação do Documento
12h00 – Celebração de envio

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SETEMBRO MÊS DA BÍBLIA

Levanta-te e vai à grande
cidade!

O livro de Jonas, história de desencontro entre um missionário zangado e um Deus brincalhão
O livro de Jonas, história de desencontro entre um missionário zangado e um Deus brincalhão
Introdução: o livro de Jonas foi escrito no 5º século a. C. (depois do exílio na Babilônia), quando Jerusalém foi reconstruída e o judaísmo constituído. Tal livro é uma historieta ou novela a respeito de um profeta de nome Jonas. Trata-se de uma bonita ficção, descrita com muito humor e exagero, com a finalidade de cativar o leitor e transmitir uma mensagem. Contra a tentação de se fechar (o nacionalismo religioso e exclusivista de Israel no tempo de Neemia e Esdras) o livro reage a este fechamento de maneira muito bem-humorada, mostrando como era ridículo o fechamento do profeta Jonas e como era ampla e misericordiosa a postura de Javé diante dos estrangeiros.
1º encontro: Jonas é chamado e foge de Javé (Jn 1,1-16)
Ambiente: colocar a bíblia aberta no livro de Jonas e uma vela acesa no lado. Expor gravuras de um navio, de marinheiros, de mar agitado, de peixe ou outros símbolos que lembram o mar.
Acolhida, oração, canto (é missão de todos nós), leitura (Jn 1,1-16)
Leitor 1: A palavra de Deus foi dirigida a Jonas, mandando que ele fosse pregar na cidade de Nínive, para que os ninivitas tomassem consciência de sua maldade. Os ninivitas eram um povo estrangeiro. Nínive foi, por séculos, a capital do Império Assírio, que chegou a dominar e dissolver totalmente o antigo Reino de Israel, no norte. O que mais irrita Jonas é que o fato de Deus dirigir a sua mensagem a um dos grandes inimigos de Israel. Deus tenta converter os ninivitas, por isso Jonas fica zangado. Ele ficaria muito feliz em anunciar a essa gente que sua cidade seria destruída dentro de 40 dias. Ele fugiu de Javé, tomando uma direção oposta à de Nínive. Foi para Jope, um porto de mar Mediterrâneo, e tomou um navio para Tarsis.
Leitor 2: A recusa e a inconsciência de Jonas provocaram uma grande tempestade no mar, e os ventos fortes balançavam o navio que estava a ponto de naufragar. Jonas, porém, dormia profundamente lá no fundo da embarcação, enquanto os marinheiros rezavam e atiravam no mar tudo o que tinham para evitar o desastre. O comandante desceu até o fundo do navio e questionou Jonas: ‘Como podes dormir? Levanta-te e invoca o teu Deus!’. Jonas toma consciência do que tinha feito e pede que os atirem na água.
Leitor 3: Logo que Jonas caiu no mar, este se acalmou e os marinheiros ofereceram sacrifícios a Javé por terem sido salvos da tempestade. Aqui os marinheiros, mesmo sendo pagãos rezam com fervor religioso, enquanto o profeta cruza os braços e vai dormir. Eles se recusam a atirá-lo ao mar, em um primeiro momento, quando este lhe pede. Depois que a tempestade se acalma, eles louvam a Javé e oferecem um sacrifício pela salvação do naufrágio.
Perguntas: Você já sentiu algum chamado de Deus? Em que situação? Você conseguiu responde sim a tal chamado, ou fugiu, procurando esquecer e deixar de lado a inquietação que o chamado de Deus provocou em você? Excluímos nossos inimigos de nosso perdão, e também do perdão de Deus? De que maneira? Temos medo de evangelizar em ambientes difíceis? Dar exemplos.
Canto, oração dos fiéis, oração final
2º encontro: Jonas se encontra no fundo do mar (Jn 2,1-11)
Ambiente: o mesmo de antes.
Acolhida, oração, canto, leitura (Jn 2,1-11)
Leitor 1: Jonas se afunda no mar. O mar sempre amedrontou as pessoas, talvez por sua imensidão. Ser jogado ao mar era o fim para Jonas, pois ele não escaparia com vida, pois não teria como sobreviver, se afogaria ou seria triturado pelos monstros marinos. Mas Deus providenciou um grande peixe para salvar Jonas, seu servo infiel, medroso e excludente. O fato de o peixe engolir Jonas é um gesto de salvação de Deus misericordioso, que lhe dá nova chance.
Leitor 2: O profeta fica três dias na barriga do peixe. Dentro do peixe, na escuridão, Jonas toma consciência de que, ao fugir, pegou um caminho que o distanciava de Deus (v. 5). Experimenta-se no fundo do poço, envolvido de lodo até a cabeça (v.6). O fechamento que o levou a fugir para não anunciar a palavra de Deus aos pecadores ninivitas foi crescendo dentro dele. Jonas sente que a terra se fecha sobre ele, como se fosse uma sepultura.
Leitor 3: Surpreendente é que, nas entranhas do peixe, Jonas começa a rezar. Podemos dizer que ele fez três dias de retiro. Ali, refletiu sobre sua situação, infidelidade, covardia, medo e sobre a salvação de Deus, que é para todos os povos. Ele descobre que, apesar de tudo, Deus o ama com misericórdia, com um amor muito maior do que suas própria falhas. Ele diz: ‘Mas tu retiraste da fossa a minha vida, Javé, meu Deus’ (Jn 2,7b; Sl 30,4). Ele retorna ao ponto em que estava, antes de tomar o navio e fugir de Deus. Este ordena que o peixe o vomite sobre a terra firme.
Perguntas: Jonas grita a Deus em sua angústia (2,1-11) e Deus o salva, apesar dele ser covarde, medroso e apesar de sua culpa. Quantas vezes já experimentamos a ajuda de Deus? Podemos dar algum exemplo? Achamos que Deus vai resolver os problemas e as contrariedades da vida ou fica alguma coisa para que nós mesmos resolvamos e mudemos? Como?
Canto, oração dos fiéis, oração final
3º encontro: Jonas é chamado de novo para ir pregar em Nínive (Jn 3,1-10)
Ambiente: colocar a bíblia no centro; ao redor dela, pedaços de saco de estopa ou pano velho, um prato com cinzas e gravuras de cidades. Olhar os símbolos e partilhar o que eles nos levam a pensar...
Acolhida, oração, canto, leitura (Jn 3,1-10)
Leitor 1: Deus não castiga Jonas por ter fugido, mas o recolhe do fundo da fossa e o envia de novo com a mesma missão. Sem machucá-lo, o peixe o devolve são e salvo à praia, próximo a Nínive. Javé não desiste de seu objetivo inicial (salvar os ninivitas) e ordena ao profeta: ‘Levanta-te e vá a Nínive, a grande cidade, e lá anuncia!’ (3,2). Jonas deverá refazer o caminho percorrido, tomando um atalho diferente, olhando os inimigos a partir de um ângulo diferente, isto é, com o olhar de próprio Deus. Se Jonas recebeu o perdão de Deus é evidente que a experiência feita deve provocar nele o mesmo sentimento de misericórdia para com os outros. Assim como foi perdoado e sua vida foi resgatada, deve perdoar com a mesma gratuidade.
Leitor 2: A palavra de Javé é dirigida a Jonas pela segunda vez. Depois de tudo que aconteceu, Jonas não coloca mais resistência, não foge diante do chamado de Deus. Ele se levanta e vai pregar aos assírios, aos odiados inimigos do seu povo, dizendo-lhes que se convertam. Atravessa a cidade anunciando: ‘Dentro de 40 dias, Nínive será destruída’ (3,4). Isto quer dizer que Deus não tolera mais a violência e a opressão deles. Todos eles se convertem, se arrependendo de sua violência, mudando de vida.
Leitor 3: O rei e todos os habitantes, inclusive os animais, se abstiveram de alimento e de água e, vestindo-se de saco, jejuaram fortemente. Como resposta, Deus também muda, se converte e retira a sua ameaça. Eles não serão mais destruídos. Que bom se a sociedade violenta de hoje tomasse a mesma decisão! Que bom se cada um percebesse a relação violenta e destruidora que tem com pessoas, plantas, animais, bens públicos e decidisse optar por uma postura de cuidado diante da vida como um todo. Se acontecer a conversão (pessoal e social) acontecerá também o perdão de Deus, e triunfarão a liberdade e a vida abundante para todos (cf. Jo 10,10).
Perguntas: Você já percebeu que existe violência física, moral, psicológica, simbólica? Dar um exemplo de cada um desses tipos de violência. O que fazer concretamente para escolher a paz (pessoalmente, como família, como comunidade e sociedade) deixando de lado toda a violência e toda injustiça que oprime o povo mais pobre e desprovido de ajuda? E nós, hoje, estamos dispostos a mudar e a abrir-nos ao misericordioso amor de Deus para com todas as pessoas?
Canto, oração dos fiéis, oração final
4º encontro: Jonas fica zangado porque Nínive é perdoada (Gn 4,1-11)
Ambiente: colocar a bíblia aberta no cap. 4 do livro de Jonas e também uma gravura de uma cidade com, se possível um homem observando-a, algumas folhas e sementes de mamona (ou rícino) ou uma gravura de um arbusto ou uma plantinha. Olhar os símbolos e partilhar o que eles representam para nós. O que deles me chama a atenção?
Acolhida, oração, canto, leitura (Jn 4,1-11)
Leitor 1: O perdão de Javé confirma a suspeita de Jonas de que Deus é misericordioso (4,2). Deus não é o Deus de Israel somente, e sim é universal, de todos. Seu amor e sua misericórdia se estendem a toda humanidade. Por causa disso, Jonas fica com muita raiva e discute com Javé. Em vez de ficar feliz com o resultado de sua pregação (a conversão dos ninivitas) fica desgostoso, triste, contrariado. Comporta-se como um menino mimado, egoísta e ciumento que quer o amor do pai só para si. Ele, o ‘justo, queria que os odiados ninivitas fossem castigados e destruídos. Que sentissem na pela todo o mal que fizeram. Queria assistir a esse espetáculo, e ele não aconteceu.
Leitor 2: Javé é um Deus de ternura e misericórdia, e dá a todos a mesma oportunidade de arrependimento e conversão. Ele não quer que nenhuma de suas criaturas se perca (Sb 1,12s.). Para Deus, ninguém está perdido para sempre. Ele salva os ninivitas e os israelitas, cada um na sua cultura. Por isso, suscita profetas em todas as nações. Jonas, porém, não aceita este amor universal e surpreendente de Deus para com todos. Ele quer a morte dos seus inimigos. Sai da cidade, faz uma cabana para si e senta-se na frente dela olhando a cidade de longe, para ver o que ia acontecer. Ele ainda esperava o castigo do céu cair sobre os ninivitas, mas nada disso aconteceu. A raiva de Jonas é tanta que ele nem quer mais viver. Prefere a morte. Mas Deus insiste com Jonas e não abre mão de sua colaboração como profeta.
Leitor 3: Javé vai corrigindo, delicadamente, a atitude de Jonas, dando-lhe uma boa lição. Javé tenta dialogar com ele, diminuindo o ardor da sua raiva, tirando-o desse mau humor e livrando-o dessa sede de vingança. Deus faz nascer uma mamoneira para dar-lhe sombra, refrescando-o da raiva. Jonas se apegou à planta, e ficou muito alegre com a sombra. Na madrugada seguinte, porém, Deus manda um verme para secar a planta. Jonas se enfureceu e volta a desejar a morte (v.8).
Leitor 1: A história de Jonas encerra-se com uma longa pergunta que Javé dirige a Jonas: ‘Você tem compaixão daquela mamoneira que nem mesmo cultivou, que brotou em uma noite e na outra morreu, e eu não posso ter compaixão de Nínive, a grande metrópole, cuja população não sabe distinguir a mão direita da esquerda?’ (v. 10-11). Deus compara a mamoneira ao povo de Nínive e faz Jonas entender que aquele povo vale mais que uma simples planta. Se Jonas tinha pena da mamoneira, maior compaixão sentia Deus por esse povo.
Leitor 2: Jonas (e nós também), deve entender que Deus ama e quer salvar todas as suas criaturas e não despreza a ninguém, como faziam Jonas e os israelitas, que excluíam os povos estrangeiros. Jesus diz: ‘Eu não vim chamar os justos, mas o pecadores”.. e ainda: ‘Ide pelo mundo inteiro, proclamai o Evangelho a todos os povos da terra’.
Perguntas: Nós também, como diz a Conferência de Aparecida, podemos cair na armadilha de nos fechar em nós mesmos, no nosso grupo, pastoral, paróquia, no nosso Brasil, esquecendo que a humanidade é maior. O que devemos fazer concretamente para “ir a outra margem, àquela onde Cristo ainda não é reconhecido como Deus e Senhor, e a Igreja não está presente?” (DA 376). Os não-cristãos são 4.5 bilhões de pessoas (65% da população mundial). Nós também como Jonas, podemos ser preconceituosos, achando que somos superiores, mais sábios, mais santos do que os outros? Será que às vezes nos tornamos juízes dos erros de nossos irmãos/as, esquecendo-nos de nossos próprios erros?
Canto, oração dos fiéis, oração final
5º encontro: Deus é o Deus de todos os povos da terra
Ambiente: colocar a bíblia aberta e, ao lado dela, um mapa-múndi e uma vela. “A Palavra de Deus é luz que ilumina todos os povos da terra”. Comentar juntos essa frase olhando para os cinco continentes do mundo.
Acolhida, oração, canto, leitura (Mt 28,16-20)
Leitor 1: Diz o papa que “os homens a espera de Cristo constituem ainda um número imenso. Não podemos ficar tranqüilos, ao pensar nos milhões de irmãos e irmãs nossas, também eles redimidos pelo sangue de Cristo, que ignoram ainda o amor de Deus. A causa missionária deve ser, para todo crente tal como para toda a Igreja, a primeira das causas” (Redemtoris Missio 85). A conferência de Aparecida afirma que a missionariedade deve impregnar a Igreja inteira (DA 365). Devemos passar de uma pastoral de mera conservação para uma pastoral decididamente missionária.
Leitor 2: Deus é o centro da história do profeta Jonas, o principal ator da cena. É Ele que chama e envia Jonas a Nínive (1,1), desencadeia a tempestade no caminho do nosso fugitivo (1,4), requisita o peixe-veículo (2,1), recoloca o fujão no caminho de Nínive (3,1) e, poupando Nínive penitente (3,10), instiga Jonas à revolta (4,1ss). Deus não é apenas o Deus de Israel, que o escolheu e o amou; ele é o Deus de todos os povos, por isso ele nos envia a evangelizar ‘até os últimos confins da terra’. Isso nos leva a superar preconceitos e fechamentos.
Leitor 3: A novela de Jonas apresenta pagãos abertos e simpáticos, como os marinheiros, que rezam com muito fervor. Também os ninivitas são muito abertos, pois levam a sério a pregação de Jonas, tomando consciência de sua maldade e violência e fazendo penitência: o rei, o povo, os animais. Os pagãos se mostram fervorosos e mais abertos aos projetos de Deus. O único que se mantém fechado é Jonas cuja atitude é infantil, estreita, e demonstra fuga da responsabilidade. Mas Deus apresenta-se misericordioso e bem-humorado com ele e com todos. Quem são, nesta história toda, os verdadeiros pagãos: os marinheiros e os ninivitas ou é Jonas?
Leitor 1: Deus sempre nos chama e nos coloca a caminho. Jonas tenta fugir de Deus, do seu chamado e do seu envio. Mas ninguém consegue fugir de Deus (Sl 139,7-12). Deus está presente em tudo e em todos. Está presente na realidade e nos chama através dos acontecimentos, dos fatos da vida cotidiana, dos encontros e dos desencontros com as pessoas, das contradições pessoais e da instituição, do amor e do ódio, da tragédia e da bonança. Deus sempre nos chama e nos coloca a caminho (Jn 1,1-6).
Perguntas: Como fazer com que a nossa comunidade vá ao encontro dos afastados e dos distantes, hoje a grande maioria? Conhecemos pessoas (leigos, padres, irmãs) que são “enviadas na missão além-fronteira, nos outros continentes? Como fazer com que a nossa juventude conheça e aprecie mais, entre as demais vocações, a vocação missionária além-fronteira? Que tal fazer uma assinatura a uma revista missionária? Na nossa paróquia existe o grupo missionário, a infância, adolescência e juventude missionária?

Canto, oração dos fiéis, oração final
Textos utilizados:
+M. LOPES, o livro de Jonas, Paulus, 2010
+SAB, Levanta-te e vai à grande cidade (Jn 1,2), Paulinas, 2010

Felipe Rota Mártir (Missionário Xaveriano)

http://www.xaverianos.org.br/

Agradecemos a Pe. Miguel do SAV da diocese de Itabira e Coronel Fabriciano pela gentileza em partilhar conosco essa rica oração e reflexão.

AGENDA DO SAV LESTE II


PASTORAL: VOCACIONAL

ATIVIDADE DO REGIONAL LESTE II
- Reunião da coordenação das províncias

DATA
09 de março
01 de junho
05 de novembro

LOCAL:
CNBB –Av. João Pinheiro, 39 - 2° andar - Belo Horizonte -

CONTATO: Ir. Gervis Monteiro

ATIVIDADE:

1° Congresso Vocacional – Regional Leste II
Centro de Formação Martina Toloni -Vila Velha – ES.
Arquidiocese de Vitória
DATA:
30, 31 de jul a 01° de agosto
CONTATO:
Ir. Gervis Monteiro e Pe. Márcio Ferreira de Sousa
ATIVIDADE:
III Congresso Vocacional do Brasil
Itaici- São Paulo
03 a 07 de setembro de 2010.
CONTATO: Ir. Gervis Monteiro
ATIVIDADE:
Reunião dos coordenadores do SAV em nível nacional
Centro Rogate – São Paulo
DATA:
22 a 23 de março
Reunião Conjunta da CMOVC
DATA: 25 a 28 de outubro
LOCAL: Aparecida-SP
CONTATO:
Pe. Reginaldo
ATIVIDADE:
Celabração do dia do Bom Pastor
Tema: Testemunho suscita vocações
DATA: 4° domingo da Páscoa
CONTATO: Ir. Gervis e coordenadores das províncias eclesiástica
ATIVIDADE:
Celebrar as diversidades das vocações na Igreja.
Em todas as dioceses
DATA:Agosto mês vocacional
Tema: Discípulos Missionários a serviço das vocações’
CONTATO:
Ir. Gervis e coordenadores das províncias eclesiástica
Província de Belo Horizonte
ATIVIDADE:
Reunião da coordenação
DATA:
08 de fevereiro - Casa de Oliveira - BH-8h30min às 13h
03 de maio - Casa de Divinópolis - BH - 8h30min às 13h
04 de outubro - Casa de Sete Lagoas - BH - 8h30min às 13h
Seminário S. José em Belo Horizonte
- III Assembléia do SAV
DATA: 12 a 14 de novembro
LOCAL: Divinópolis

CONTATO:
Pe. Everaldo Quirino
Província de Belo Horizonte Pe. Everaldo Quirino
Província de Diamantina
ATIVIDADE:
Estudo do texto base do III Congresso Vocacional
LOCAl: Diocese de Almenara
data: 31 de abril a 01 de maio
contato: Pe. Aleandro Santos Vieira

Província de Juiz de Fora
ATIVIDADE:
- 1° Sínodo arquidiocesano
LOCAL: Juiz de Fora
13/12/2009 a 21/01/2010
- Estudo do texto base do III Congresso Vocacional
Local a definir
Data a definir
CONTOATO: Ir. Terezinha e Willian

Província de Mariana
ATIVIDADE:
Ceara: grande encontro de juventudes
DATA: 13 a 16 de fevereiro
LOCAL: Viçosa
- Reunião da coordenação
DATA:
20 de março
09 de outubro
- Estudo do documento final do III Congresso vocacional do Brasil
DATA: A definir
Novembro
CONTATO: Ir. Eva
- Encontros vocacionais
LOCAL: Governador Valadares
DATA: Um vez por mês
CONTATO: Padre Anderson José de Paula
- Reunião da coordenação do SAV e GV
Gov. Valadares
Um vez por por mês
CONTATO:
Padre Anderson José de Paula
- Assembléia de Animadores Vocacinais (Mariana)
Data: 15 de maio
Local: Ponte Nova

Província de Pouso Alegre
ATIVIDADE:
Encontro de Acompanhamento Vocacional
LOCAL: Três Corações Dioc. de Campanha
19 a 21 de fevereiro
CONTATO: Reginaldo
- Encontro Diocesano da OVS
LOCAl: Três Corações (Dia Mundial de Oração pelas Vocações)
25 de abril
- Congresso/Assembléia Vocacional
Diocese da Campanha
Data a definir
- Reunião da coordenação das dioceses do SAV
Diocese de Campanha
DATA: maio
- Encaminhamento para o I Congresso Regional
Local a definir
DATA: Junho e setembro
- Congresso Vocacional
Três Corações diocese de Campanha
DATA: 12 a 14 de novembro
Província de Montes Claros
ATIVIDADE: Reunião da coordenação
LOCAL: Paracatu
DATA: 02 de março
CONTATO: Pe. Antonio Eduardo