CELEBRAÇÃO VOCACIONAL - Encerramento do Ano Sacerdotal

CELEBRAÇÃO VOCACIONAL


TEMA: “O SACERDOTE É O AMOR DO CORAÇÃO DE JESUS”
São João Maria Vianey – Cura D’Ars

Preparar o ambiente com Bíblia aberta e postada no centro da assembléia. Se possível, colocar uma estola sobre a Bíblia, cercando-a por fotografias de sacerdotes amigos ou com imagens retiradas de jornais e revistas retratando sacerdotes em missão.
Canto inicial: (por amor a vocação – CD “avance para águas mais profundas” – Paulinas, COMEP)
A. (Animador): Caríssimos irmãos e irmãs, estamos reunidos para louvar a Deus que não se cansa de chamar para o seu seguimento homens que testemunhem o seu amor a todas as pessoas. Por isso invoquemos a Santíssima Trindade:

T. (Todos): Em nome do Pai, que escolhe, do Filho, que nos chama, e do Espírito Santo, que nos envia. Amém!
A.: A Solenidade do Sagrado Coração de Jesus foi estabelecida pela Igreja como Dia de Oração pela Santificação Sacerdotal. Isto porque no coração de Jesus está expresso o núcleo essencial do cristianismo: o amor sem limites que nos salva e nos faz viver já na eternidade de Deus, como nos recorda no Papa Bento XVI na inauguração do Ano Sacerdotal. Mas o que tem isso a ver com a santificação sacerdotal¬?
T. : “Deus amou de tal modo o mundo, que lhe deu o seu Filho único, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,6).
L1 (leitor 1).: O Sacerdote é convidado a seguir o exemplo de Deus, expresso no amor de Cristo pela humanidade, e a se entregar ao serviço dos irmãos e irmãs, testemunhando sua amizade com Deus, transformando-se, pelo dom recebido, num dom de amor ser reservas.

L2: Outro ponto importante a destacar é o coração. Ele é considerado, na Bíblia, como órgão da vontade, das emoções da inteligência. Assim sendo, o Coração de Jesus, humano de divino, é considerado a sede da misericórdia divina para com a humanidade e a sujeição do ser humano a Deus. Desta forma, os sacerdotes são convidados a terem suas vontades, seus sentimentos e pensamentos voltado para Deus, sendo capazes de assimilar o “seu eu ao de Jesus Sacerdote, de maneira a poder imitá-lo na mais completa autodoação” (Bento XVI).

T.: Sagrado Coração de Jesus, fazei o coração de cada sacerdote semelhante ao vosso!

L3: Não podemos esquecer que a Solenidade do Coração de Jesus deste ano encerra o Ano sacerdotal. Este Ano Sacerdotal buscou reforçar a necessidade de se empenhar para a renovação interior dos sacerdotes em vista de um testemunho evangélico mas vigoroso e incisivo, que pudesse suscitar vocações e ajudar o povo de Deus, por seu testemunho, na santificação do seu cotidiano,e de sua vida.
T.: Se os sacerdotes se renovarem, a Igreja inteira se renovará.
2 PALAVRA DE DEUS

A.: Vamos ouvir a leitura da Carta ao Hebreu, que aborda a missão dos sacerdotes derivada do Sacerdote pleno de Cristo. (canto acolhendo a Palavra)

L4: Leitura da Carta aos Hebreus (Hb 5,1-10): Todo sumo sacerdote, escolhido entre os homens, é constituído para o bem dos homens nas coisas que se referem a Deus. Sua missão é oferecer dons e sacrifícios pelos pecados.
L5: Desse modo, ele é capaz de sentir justa compaixão por aqueles que ignoram e erram, porque também ele próprio está cercado de fraqueza; e, por causa disso, ele deve oferecer sacrifícios, tanto pelos próprios pecados como pelos pecados do povo.
L1: Ninguém pode atribuir a si mesmo essa honra, se não for chamado por Deus, como foi Aarão. Da mesma forma, Cristo não atribui a si mesmo a glória de ser sumo sacerdote; esta lhe foi conferida por aquele que lhe disse: “Você é o meu Filho, eu hoje o gerei”. E, noutra passagem da Escritura, ele diz: “Você é sacerdote para sempre, segundo a ordem do sacerdócio de Melquisedec”.
L2: Durante a sua vida na terra, Jesus fez oração e suplicas a Deus, em voz alta e com lágrimas, ao Deus que o podia salvar da morte. E Deus o escutou, porque ele foi submisso. Embora sendo Filho de Deus, aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos.
L3: E, depois de perfeito, tornou-se fonte da salvação eterna para todos aqueles que lhe obedecem. De fato, ele foi proclamado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem do sacerdócio de Melquisedec. Palavra do Senhor.

T.: Graças a Deus.
Momento de reflexão silenciosa.
3. REFLEXÃO

A.: “Fidelidade de Cristo, fidelidade do sacerdote”! Ao entendermos melhor a Palavra veremos como o sacerdote deve ter em Cristo seu máximo referencial. A leitura nos recorda que ser sacerdote não é uma função, uma profissão, é uma vocação. Não é um “fazer algo” mas ser em plenitude alguém que ama a Deus, que vive uma profunda amizade com ele e o testemunha com sua vida.
T.: Ser sacerdote não é exercer uma função, mas responder ao chamado divino, oferecendo o próprio testemunho de vida para ajudar a outros vocacionados e vocacionadas a colocarem seus dons a serviço dos irmãos.

L4: A carta aos Hebreus também nos lembra que nos sacerdotes são escolhidos do meio do povo, não para serem superiores aos outros, mas para serem capazes de compreender, como seres humanos, quem está na ignorância e que sofre por ter errado, sentido uma justa compaixão por todos.

L5: Afirma, ainda, que os sacerdotes são constituídos “ para o bem das pessoas nas coisas que se referem a Deus”, tendo como missão “oferecer dons e sacrifícios pelos pecados”.
L1: Por fim, a leitura destaca a pessoa de Cristo, o sacerdote por excelência, ressaltando sua obediência e submissão a Deus, que o leva a entregar a própria vida para se tornar fonte de salvação eterna aos que lhe obedecem.
T.: Os sacerdotes também são chamados a entregarem suas vidas a Cristo na doação completa de seu ser.
L2. O Papa Bento XVI nos recordou, durante o Ano Sacerdotal, que três aspectos são essências na vida do sacerdote para que seu testemunho seja eficaz. O primeiro refere à amizade com Cristo, cultivada à partir da escuta da sua Palavra.

L3: O segundo aspecto é o dom total de si mesmo a Deus, que se concretiza no ministério pastoral e na “alegria de se tornar companheiro de viagem de tantos irmãos, para que se abram ao encontro com Cristo e sua Palavra torne-se luz para o seu caminho” (Bento XVI, mensagem para o 47 Dia Mundial de Oração pelas Vocações).

L4: O terceiro aspecto é o viver a comunhão: “o sacerdote deve ser um homem de comunhão, aberto a todos, capaz de fazer caminhar unido o rebanho inteiro que a bondade do Senhor lhe confiou, ajudando a superar as divisões, a enxugar as lagrimas, a resolver divergências e incompreensões” (idem).
T.: Ser sacerdote é viver na amizade com Deus, entregando-se a ele e aos irmãos na busca da união de toda a humanidade para a construção, aqui e agora, do reino de justiça, paz e amor.

Sugere-se fazer uma partilha do tema celebrado, destacando a figura dos sacerdotes que marcaram, de alguma maneira, a nossa existência. Recordar, também, dos sacerdotes já falecidos da comunidade.
Canto: (“Mestre onde morara?” Cd “Ele te chama”. COMEP – Paulinas.

4. ORAÇÃO CONCLUSIVA

A.: Vamos encerrar nossa celebração rezando por todo o povo de Deus para que, unidos aos sacerdotes, possam ajudá-los a viver melhor sua vocação e missão:

Lado A: Senhor Jesus, somos vosso servos, vosso amigos! Sois o único e eterno Sacerdote, capaz de compreender nossas fraquezas e vos oferecer em sacrifício pela salvação de todos.
Lado B: Somos um rebanho que precisa de pastores. Acompanhai aqueles que chamastes ao sacerdócio. Fortalecei os que coroastes com a consagração.
T.: Sustentai os vacilantes. Acolhei os louvores dos exultantes. A todos integrai na única família, que é a vossa Igreja. Assim seja!
Preces espontâneas. Concluir com Pai Nosso e Ave Maria. E um canto de louvor e ação de graça.

Fonte: Encarte da Revista Rogate – maio de 2010
(digitação: Ir. Gervis Monteiro)