SAV-Leste 2 - Minas Gerais e Espírito Santo

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segunda-feira, 15 de março de 2010

EVOLUÇÃO DA MATURIDADE PSICO-AFETIVA

EVOLUÇÃO DA MATURIDADE PSICO-AFETIVA
Na estrutura da personalidade interagem três dimensões estreitamente interterdependentes: a psico-física, a psíquica do eu empírico e a dimensão espiritual do eu autônomo.
De um ponto de vista dinâmico encontramos três necessidades fundamentais que constituem uma tríplice dimensão da personalidade. Tais necessidades serão aqui expostas numa visão que supera as teorias freudianae adleriana, e realça o caráter primário da necessidade social.
A expansão vital. Esta comporta a expressão das próprias potencialidades e a afirmação de si. Tal dinamismo é caracterizado pela agressividade, compreendida como agressividade construtiva, que pertence ao Eu livre de conflitos, que se identifica com a energia que impulsiona para a expansão e a afirmação de si e se traduz numa sadia “combatividade”.
A sexualidade. Esta, ao início da vida manifesta-se na sensualidade e numa simples busca do prazer sensível e é regulada pelo princípio do prazer.
Os dois componentes – agressividade e libido – estão profundamente enraizadas em nosso ser e tendem à busca de satisfação. Somente através da sublimação, entendida como um deslocamento das cargas pulsionais sobre objetos e fins diversos daqueles que lhe são próprios, consegue-se tornar construtiva seja a libido como a agressividade.
O contato social. Esta necessidade é expressão do instinto de socialização, traduz-se nas várias formas de comunicação interpessoal e é vivido pelo indivíduo com participação do componente afetivo e de ternura. Esta última evidencia a estreita relação entre sexualidade e socialização. Observe-se, porém que a ternura não é uma sublimação da sexualidade, como afirmou Freud e seus seguidores, mas representa uma forma primária do amor, pré-existente ao despertar da sexualidade.
Pode-se concluir que a pessoa adulta e madura apresenta uma sexualidade na qual se nota uma harmônica integração entre sensualidade, ternura e agressividade construtiva.
Neste momento é oportuno apresentar as quatro atitudes que caracterizam o processo de crescimento para a maturidade, partindo do estágio infantil. São elas: a autoconsciência, o princípio dos valores, a capacidade de amar e a liberdade.
1) Conhecimento de si e realismo
A criança que não chegou ao pensamento lógico não consegue distinguir entre o mundo objetivo e aquele subjetivo. O seu pensamento é ainda intuitivo e colhe a realidade através do prisma da afetividade e da imaginação. Nos primeiros anos de vida a criança avalia a realidade externa na base do grau de satisfação ou de insatisfação que ela oferece às suas necessidades.
É sabido que a estrutura infantil reage ao valor imediato, não reflexivo, que a realidade representa nos confrontos das exigências presentes.
Quando surge o pensamento lógico, a criança consegue distinguir o mundo exterior do mundo interior. A visão do mundo torna-se mais objetiva, como também a visão do próprio mundo interior. A projeção dos próprios sentimentos e imagens sobre os dados da percepção diminui gradualmente. Esta linha de desenvolvimento entra no realismo do ser humano maduro.
Realismo significa capacidade de perceber e de avaliar a realidade exterior com objetividade, isto é, sem as deformações que provêm do mundo interior do sujeito sobre o mundo exterior. A visão objetiva da realidade exterior não pode dar-se sem a consciência do próprio mundo interior. A consciência de si e a relação objetiva com a realidade exterior, ou seja, o realismo, é considerado pela maioria dos autores de todas as tendências, como o critério fundamental da maturidade afetiva.
2) Princípio da realidade e dos valores
Deve-se à psicanálise a descrição de três princípios que se aproximam no arco da idade evolutiva e que pontuariam a atitude que a criança assume para consigo mesma, para com a realidade e para com os valores. É índice de caminho para a maturidade a gradual superação dos dois primeiros níveis de motivação, para inspirar-se, estavelmente nos valores a própria conduta.
Eis os três princípios nos quais normalmente eles deveriam parecer e agir de modo prevalente:
a) O princípio do prazer: desenvolve-se em nível de motivação biológica e manifesta-se num movimento de querer o que agrada e a afastar o que desagrada. Isso domina no primeiro ano de vida, e continua até o terceiro ano junto ao princípio da realidade que gradativamente vai afirmando-se.
b) O princípio da realidade: este se move em nível de motivação social, como senso de realidade física e também social, e se traduz na capacidade de organizar a atividade considerando a realidade externa. Esse domina o comportamento da criança entre os 3 e os 8 anos, e tende a comprometer-se com o princípio do prazer, especialmente na vida afetiva, mas num nível mais adulto e adequado.
c) Princípio dos valores: este opera em nível de motivação pessoal e se distingue na promoção de uma conduta inspirada numa escala de valores sentidos como próprios do indivíduo. Isto entra em ação, geralmente, depois da puberdade, se o adolescente pode usufruir de uma educação adequada.
Este desenvolvimento leva a pessoa àquela característica da maturidade, chamada “integração da personalidade”, a qual exige a capacidade de controle dos próprios impulsos e a capacidade de transformar os impulsos para adequar a sua satisfação às exigências da realidade social. A integração supõe equilíbrio ao interno do sujeito, entre as diversas necessidades, entre as necessidades e os valores, e entre exigências individuais e exigências sociais. Trata-se de três aspectos da integração pessoal, pela qual fala-se de:
1) Equilíbrio afetivo, quando temos uma harmônica integração entre sexualidade e agressividade;
2) Maturidade moral, quando existe integração entre a esfera afetiva e aquela da razão e dos valores;
3) Maturidade social, quando a pessoa sabe harmonizar as suas exigências individuais com os deveres sociais.
Deve-se notar que a maturidade moral e aquela social pressupõem o equilíbrio afetivo, ou seja, a integração entre sexualidade e agressividade.
4) Amor como Dom
No campo das relações humanas nota-se uma evolução que, partindo de uma atitude egocêntrica na criança, orienta-se para uma abertura aos outros, uma capacidade de colaboração, de considerar as exigências dos outros, de doar-se para o bem de alguém. Tal disposição oblativa leva à colaboração e ao amor como Dom de si aos outros e como acolhida.
As três disposições acima – conhecimento de si, capacidade de motivar a vida em base a valores e amor oblativo – constituem três critérios psicológicos de maturidade humana, que é possível analisar partindo do comportamento. A estes se pode acrescentar um quarto, que pertence ao campo da filosofia. Este nos faz comprender como o processo de maturação psicológica consista em atingir um grau de liberdade tal pela qual o ser humano supera o determinismo biológico social.
5) Liberdade e criatividade
O ser humano maduro é a pessoa livre, capaz de atos livres, de atos condicionados, mas não determinados pela situação biológica e social na qual o indivíduo encontra-se inserido. Portanto, a pessoa madura é uma pessoa criadora de valores. A sua vida não é uma repetição daquilo que viveu na infância. A pessoa madura, livre e criadora, é uma pessoa que cria novos valores: os valores ideais, que orientam a sua vida, tornam-se valores reais que adquirem uma concretude encarnando-se nas condições psico-sociais de sua vida.
Daqui nasce a plasticidade e a flexibilidade do comportamento da pessoa madura, que, embora mantendo-se fiel a seu ideal, sabe adaptar-se às circunstâncias da vida e encontra uma forma de responder ao chamado do ideal, respondendo também às exigências da realidade.
É isto que confere ao ser humano maduro aquela abertura à realidade que o torna plenamente humano. Ao mesmo tempo ele se torna um modelo que convida a transcender a realidade atual através de um ideal de vida superior.

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Discípulos Missionários a serviço das Vocações

AGENDA DO SAV LESTE II


PASTORAL: VOCACIONAL

ATIVIDADE DO REGIONAL LESTE II
- Reunião da coordenação das províncias

DATA
09 de março
01 de junho
05 de novembro

LOCAL:
CNBB –Av. João Pinheiro, 39 - 2° andar - Belo Horizonte -

CONTATO: Ir. Gervis Monteiro

ATIVIDADE:

1° Congresso Vocacional – Regional Leste II
Centro de Formação Martina Toloni -Vila Velha – ES.
Arquidiocese de Vitória
DATA:
30, 31 de jul a 01° de agosto
CONTATO:
Ir. Gervis Monteiro e Pe. Márcio Ferreira de Sousa
ATIVIDADE:
III Congresso Vocacional do Brasil
Itaici- São Paulo
03 a 07 de setembro de 2010.
CONTATO: Ir. Gervis Monteiro
ATIVIDADE:
Reunião dos coordenadores do SAV em nível nacional
Centro Rogate – São Paulo
DATA:
22 a 23 de março
Reunião Conjunta da CMOVC
DATA: 25 a 28 de outubro
LOCAL: Aparecida-SP
CONTATO:
Pe. Reginaldo
ATIVIDADE:
Celabração do dia do Bom Pastor
Tema: Testemunho suscita vocações
DATA: 4° domingo da Páscoa
CONTATO: Ir. Gervis e coordenadores das províncias eclesiástica
ATIVIDADE:
Celebrar as diversidades das vocações na Igreja.
Em todas as dioceses
DATA:Agosto mês vocacional
Tema: Discípulos Missionários a serviço das vocações’
CONTATO:
Ir. Gervis e coordenadores das províncias eclesiástica
Província de Belo Horizonte
ATIVIDADE:
Reunião da coordenação
DATA:
08 de fevereiro - Casa de Oliveira - BH-8h30min às 13h
03 de maio - Casa de Divinópolis - BH - 8h30min às 13h
04 de outubro - Casa de Sete Lagoas - BH - 8h30min às 13h
Seminário S. José em Belo Horizonte
- III Assembléia do SAV
DATA: 12 a 14 de novembro
LOCAL: Divinópolis

CONTATO:
Pe. Everaldo Quirino
Província de Belo Horizonte Pe. Everaldo Quirino
Província de Diamantina
ATIVIDADE:
Estudo do texto base do III Congresso Vocacional
LOCAl: Diocese de Almenara
data: 31 de abril a 01 de maio
contato: Pe. Aleandro Santos Vieira

Província de Juiz de Fora
ATIVIDADE:
- 1° Sínodo arquidiocesano
LOCAL: Juiz de Fora
13/12/2009 a 21/01/2010
- Estudo do texto base do III Congresso Vocacional
Local a definir
Data a definir
CONTOATO: Ir. Terezinha e Willian

Província de Mariana
ATIVIDADE:
Ceara: grande encontro de juventudes
DATA: 13 a 16 de fevereiro
LOCAL: Viçosa
- Reunião da coordenação
DATA:
20 de março
09 de outubro
- Estudo do documento final do III Congresso vocacional do Brasil
DATA: A definir
Novembro
CONTATO: Ir. Eva
- Encontros vocacionais
LOCAL: Governador Valadares
DATA: Um vez por mês
CONTATO: Padre Anderson José de Paula
- Reunião da coordenação do SAV e GV
Gov. Valadares
Um vez por por mês
CONTATO:
Padre Anderson José de Paula
- Assembléia de Animadores Vocacinais (Mariana)
Data: 15 de maio
Local: Ponte Nova

Província de Pouso Alegre
ATIVIDADE:
Encontro de Acompanhamento Vocacional
LOCAL: Três Corações Dioc. de Campanha
19 a 21 de fevereiro
CONTATO: Reginaldo
- Encontro Diocesano da OVS
LOCAl: Três Corações (Dia Mundial de Oração pelas Vocações)
25 de abril
- Congresso/Assembléia Vocacional
Diocese da Campanha
Data a definir
- Reunião da coordenação das dioceses do SAV
Diocese de Campanha
DATA: maio
- Encaminhamento para o I Congresso Regional
Local a definir
DATA: Junho e setembro
- Congresso Vocacional
Três Corações diocese de Campanha
DATA: 12 a 14 de novembro
Província de Montes Claros
ATIVIDADE: Reunião da coordenação
LOCAL: Paracatu
DATA: 02 de março
CONTATO: Pe. Antonio Eduardo